Passa um ano desde o acidente aéreo em Vinhedo (SP) que matou 62 pessoas, entre elas a médica Arianne Albuquerque Estevan Risso, residente em oncologia no Hospital do Câncer Uopeccan, em Cascavel. A família ainda lida com a perda e aguarda os desdobramentos das investigações.
Em entrevista à CATVE, a mãe de Arianne, Fátima Albuquerque, falou sobre o impacto emocional da tragédia. "A gente entrou em uma condição de sofrimento". "Existem dias que estamos no modo turbo trabalhando e a gente esquece por alguns momentos, mas existem dias de muita saudade e de muita dor."
Segundo Fátima, Arianne "era meu tudo" e tinha uma missão que ia além da medicina: "Ela não tinha só a missão de curar, ela tinha a missão de levar a alma para Jesus... de fazer a pessoa perdoar... se perdoar."
A mãe questiona as circunstâncias do acidente e relata que, para a família, "no primeiro momento, percebemos que não foi uma fatalidade [...] se tivesse sido um acidente, estaríamos sofrendo, mas teríamos certeza que também os donos do avião tinham sido vítimas."
Ela mencionou ainda informações sobre o avião, que, segundo ela, possuía processos e multas e que "a ANAC foi adiando a decisão de retirar o avião de circulação."
As investigações seguem em andamento com a expectativa da entrega do relatório final do CENIPA e da Polícia Federal. "A gente espera que saia os relatórios e que eles sejam criminalmente responsabilizados", declarou Fátima.
A médica residia em Cascavel e já planejava mudança para Fortaleza. A família continua buscando apoio e lutando por respostas.
"Minha filha viveu para salvar vidas. Ela estudou uma vida inteira para salvar vidas. Então eu vou seguir o legado dela da mesma forma [...] nós temos certeza que com a nossa luta, nós salvamos", declarou Fátima.
Igor Vieira sob supervisão de Alexandra Oliveira | Catve.com
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