O Governo do Paraná vai destinar R$ 50 milhões ao Fundo de Calamidades Públicas para apoiar os municípios atingidos pelos fortes temporais do fim de semana. Os recursos serão usados em ações emergenciais como limpeza de ruas, abastecimento de caminhões-pipa, reparos em estradas rurais e fornecimento de combustível para maquinários municipais.
Ao todo, 38 cidades serão priorizadas, e 13 delas devem decretar situação de emergência.
"Tivemos cerca de 40 cidades afetadas, o que representa em torno de 10% dos municípios do Paraná. Já elaboramos um plano emergencial para reconstrução das áreas atingidas, desde estradas rurais, pontes e bueiros até a parte urbana, com muitas árvores caídas sobre casas e prédios públicos. Também enfrentamos a queda de mais de 300 postes em 24 horas. Por isso, temos hoje cerca de 2.500 eletricistas trabalhando para restabelecer a energia o mais rápido possível", afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Júnior.
Entre as medidas anunciadas estão a criação de uma linha de crédito a juro zero pelo Fomento Paraná, para apoiar empresas e produtores afetados, e o envio de ajuda humanitária pela Defesa Civil, com telhas, colchões, kits de higiene, lonas e cestas básicas. O órgão mantém um estoque de 100 mil telhas para atender famílias com casas danificadas.
"A Defesa Civil, como de costume, agiu de forma imediata, entregando lonas para as primeiras respostas e iniciando no domingo pela manhã a distribuição de telhas e fibrocimento, conforme solicitação dos municípios, cerca de 40 ao todo. Também enviamos colchões, cestas básicas e kits de limpeza", destacou o coronel Fernando Schunig, coordenador estadual da Defesa Civil.
A região Oeste foi uma das mais afetadas, com queda de granizo e ventos superiores a 90 km/h. Em Campo Mourão, o Cimepar registrou quase 150 milímetros de chuva, e em Santa Helena o acumulado chegou a 210,3 milímetros, o maior do estado. As instabilidades atingiram ainda o Sudoeste e parte do Norte paranaense.
"O Oeste foi uma das regiões mais atingidas, mas o impacto se estendeu desde Apucarana e Maringá até Assis Chateaubriand e Toledo. Há grande preocupação com as estradas rurais, então estamos deslocando equipamentos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) para apoiar os municípios, além de garantir o fornecimento de óleo diesel para abastecer os maquinários das prefeituras", explicou Ratinho Júnior.
A Copel também atua na recuperação da rede elétrica. Cerca de 30 mil consumidores ficaram sem energia na região Oeste.
"Assim que temos conhecimento de eventos como este, acionamos nossos planos de contingência. Deslocamos equipes de regiões menos afetadas e, desde o início das tempestades, cerca de 2.500 profissionais, entre eletricistas, técnicos e projetistas, trabalham na reconstrução da rede", informou Karina Torres, diretora de operações da Copel.
Reportagem de Ana Reimann | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
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