Foto SSP SP
O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo concluiu na quarta-feira (14) a identificação de todas as 62 vítimas que estavam no avião da companhia aérea Voepass, que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo.
Durante coletiva o superintendente da Polícia Técnico-Científica do Estado de São Paulo, Claudinei Salomão, declarou a posição dos corpos encontrados no local do acidente sugere que os passageiros foram alertados sobre a iminente queda da aeronave.
A posição é chamada de "brace", quando passageiros colocam a cabeça entre os joelhos e abraçam as pernas a fim de diminuir os impactos de uma possível "aterragem" forçada. Por isso se posicionaram para proteger os corpos.
"Essa posição em que grande parte dos corpos foram encontrados favoreceu muito o trabalho pericial, pois as mãos estavam íntegras. Isso oportunizou que a identificação papiloscópica fosse feita, reconhecendo as vítimas através das digitais" disse Salomão.
Os médicos-legistas usaram o reconhecimento digital na maioria dos corpos. Além disso, houve necessidade de analisar o histórico odontológico de algumas vítimas, que foi fornecido pelas famílias. Apesar da estrutura montada, não foi preciso realizar exames de reconhecimento de comprovação biológica por meio de DNA.
"Toda identificação prescindiu do exame complementar de DNA, porque essa expertise propiciou que os dados de encontro pericial nos corpos fossem objetivamente comparados com os dados preexistentes, sejam planilhas datiloscópicas ou imagens radiológicas prévias que essas vítimas já possuíam", informou o superintendente .
"Uma queda de quatro mil metros em menos de dois minutos faz com que o corpo humano sofra movimentações tão sérias que levam ao desmaio. A morte de todos ocorreu na batida, através dos inúmeros traumas sofridos, mas a tendência é que todos já estivessem desmaiados" disse superintendente.
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