Presidente da Voepass
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Nas declarações, o presidente da Voepass, José Luis Felício Filho, falou sobre o contrato para operações da empresa no Aeroporto de Cascavel e explicou a substituição da direção da Voepass após o acidente aéreo em Vinhedo, município no interior de São Paulo.
O presidente da Voepass falou ainda sobre o sistema de degelo da aeronave envolvida na tragédia, destacando que o equipamento estava funcionando.
Sobre uma suposta prática do piloto que poderia não ter reportado problemas por receio de punição, Felicio apontou que cabe ao CENIPA aprofundar essa questão.
A Voepass suspendeu suas operações no Paraná após o acidente, como explicou o presidente.
Em 9 de agosto, a aeronave da empresa que partiu de Cascavel, no Paraná, com destino a São Paulo, caiu em Vinhedo, próximo à capital paulista, matando 62 pessoas.
O presidente da Voepass Linhas Aéreas, José Luis Felício Filho, afirmou na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (29) que a aeronave havia passado por manutenção na noite anterior e estava plenamente operacional.
Felício Filho, que é piloto, manifestou solidariedade a familiares e amigos de passageiros e tripulantes que perderam a vida no voo 2283, que fazia a rota de Cascavel (PR) a Guarulhos (SP). Ele também assegurou que os pilotos eram treinados para lidar com condições adversas, incluindo gelo.
Uma das hipóteses investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), do Comando da Aeronáutica, é o acúmulo de gelo em partes do avião.
O presidente da Voepass disse preferir cancelar ou atrasar um voo a liberá-lo nessas condições. "Eu voo nessa companhia desde o início, minha família voa, meus filhos estão se formando para serem pilotos dessa companhia. O que não serve para mim e para minha família, não serve para nossos tripulantes e muito menos para os nossos passageiros", acrescentou.
Felício Filho respondeu que somente a conclusão das investigações do Cenipa poderá esclarecer de fato o que ocorreu. "Às vezes, em um voo de 1h40, você entra e sai de formações de gelo várias vezes ao longo do percurso. O sistema pode ter sido ligado e desligado várias vezes, mas isso tudo o Cenipa vai poder nos trazer, de uma forma precisa, qual foi a intensidade do gelo, o funcionamento do sistema, o alerta da tripulação", disse o presidente da Voepass.
Felício Filho também afirmou que o avião tinha combustível suficiente para voar de Cascavel até Guarulhos a 10 mil pés, ou seja, voando mais baixo e gastando mais combustível para evitar formações de gelo. Ele preferiu não comentar se o acidente poderia ter sido evitado se a altitude fosse menor.
Em relatório preliminar divulgado no dia 6 de setembro, o Cenipa concluiu, com base nos dados da caixa-preta da aeronave, que os pilotos não reportaram qualquer tipo de emergência à torre de controle antes da queda. A conclusão das investigações pelo Cenipa pode demorar meses.
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