A jornalista Adriana Ibba, mãe da pequena Liz Ibba que morreu no acidente aéreo da Voepass em 9 de agosto, participou nesta terça-feira (08) da terceira reunião extraordinária da comissão externa do voo 2283 - ATR 72, com investigadores na Câmara dos Deputados.
"Não foi simplesmente um acidente, não foi uma fatalidade que pegou todos de surpresa. Foi sim uma tragédia anunciada. Uma tragédia que traz consigo o peso da omissão, da negligência, do desrespeito pela vida humana. Quantas vezes essas aeronaves degradadas sem a devida manutenção levantaram voo sob olhares preocupados e alertas ignorados. Quantas vezes, quantas vidas poderiam ter sido salvas se a segurança tivesse sido tratada como prioridade", declara a cascavelense Adriana.
Adriana representa as diversas famílias que pedem por justiça no caso. "Como sociedade precisamos nos unir para garantir que uma tragédia como essa nunca mais se repita, não podemos mais permitir que vidas sejam tratadas como números, que a segurança seja um luto."
No dia 9 de agosto, o modelo ATR 72 era operado pela Voepas. O voo 2283 saiu do Aeroporto de Cascavel com 58 passageiros e quatro tripulantes. A aeronave decolou por volta das 11h50 e pousaria às 13h45, em Guarulhos. Entretanto, caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, quando faltavam 20 minutos para chegar ao destino.
A comissão também ouviu Maria de Fátima Albuquerque é mãe de Arianne Albuquerque Estevan Risso, residente de oncologia do Hospital do Câncer de Cascavel, que estava no voo da Voepass.
O relatório preliminar foi divulgado no dia 06 de setembro.
Redação Catve.com
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