Cotidiano

Trinta dias depois do tornado, cidade avança na reconstrução, mas marcas ainda permanecem

Solidariedade tem sido essencial para ajudar famílias de Rio Bonito do Iguaçu


Catve

Quase um mês depois do tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná, a cidade ainda convive com rastros de destruição. Diversos municípios seguem promovendo ações para atender as famílias afetadas. De Cascavel, uma van carregada com donativos foi enviada na manhã desta sexta-feira (5).

Segundo a Defesa Civil, neste momento, o município precisa de materiais de construção. Para fazer doações, é possível ligar no 199, que é o telefone da Defesa Civil de Cascavel, e receber as orientações para doar.

"A gente pede para a população, se for doar alguma coisa, doar aquilo que está sendo orientado, que é o material de construção civil", disse o Coordenador da Defesa Civil, Nei Haveroth.

SITUAÇÃO DA CIDADE

Faz quase 30 dias que o tornado virou a cidade de cabeça pra baixo, arrancando tudo que encontrava pela frente. Levou telhados, derrubou casas inteiras, um rastro de destruição que ainda deixa marcas.

Um mês depois, as pessoas voltaram às ruas e ao trabalho, mas as cicatrizes ainda estão ali. A cidade foi limpa, mas ainda é possível ver escombros e ferros retorcidos, lembranças de um dia que jamais sairá da memória. Mesmo assim, no meio de tudo isso, é possível ver uma cidade inteira renascer. Famílias que perderam tudo e que hoje vivem da força, que só quem passou por um trauma desse tamanho consegue entender.

Rio Bonito do Iguaçu já não é mais a mesma. Ainda tem muito a se fazer, mas, aos poucos, a cidade vai ganhando uma cara nova.

A casa da dona Glaci não é a mesma de 30 dias atrás, quando a equipe da Catve esteve por lá pela primeira vez. Aquele lugar, completamente destruído, já tem vida de novo. O telhado já está no lugar, os móveis vão chegando aos poucos e, devagarinho, a rotina vai voltando.

Apesar de tudo que viveu, dona Glaci continua a mesma: receptiva, de sorriso aberto e sempre pronta para uma boa roda de chimarrão. Junto da família e amigos, ela reencontra o aconchego que a tempestade tentou levar.

Emerson Alex Souza Vargas recomeçou do zero. A antiga casa, praticamente destruída pelo tornado, virou lembrança. Agora, entre tijolos e muita esperança, ele ergue um novo lar. Na casa que nasce do chão outra vez, vai nascer também o primeiro filho que ele e a esposa esperam.

Hoje, depois de quase 30 dias, o telhado da casa de Silvério Rucaber e Rosemari Paloschi Rucaber finalmente ficou pronto. Por enquanto, eles ainda vivem no espaço provisório, no porão. A casa de cima segue vazia, à espera de vida de novo.

O telhado da casa só ficou pronto graças ao trabalho de quatro rapazes, que foram de Pérola D’Oeste, há quase 200 quilômetros de distância, só para ajudar. Eles largaram tudo por um dia, para dar força a quem ainda tenta se reconstruir.

Ilvo, de 82 anos, e Olira, de 76, também perderam tudo. É ele quem está reconstruindo pedacinho por pedacinho, com as próprias mãos, a casa que o tornado destruiu. Um esforço que mostra que, mesmo depois de uma vida inteira, ainda resta muita coragem para recomeçar.

Ainda vai levar bastante tempo para cidade voltar a ser como era. Algo entre seis meses e um ano. Talvez não como antes, porque nada volta a ser igual depois de uma tragédia, mas com a esperança de um futuro melhor.

Passados quase 30 dias desde o tornado, tudo ganhou outro significado. O Natal se aproxima e, apesar de tudo, não será de tristeza, mas de gratidão. Gratidão pela vida, acima de qualquer coisa.

Confira os detalhes no vídeo acima.


Reportagem Deivid Souza e Déborah Evangelista | CATVE

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