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O meteorologista Reginaldo Ferreira Santos explicou as condições que levaram à formação do tornado que devastou Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná, na sexta-feira (7). O fenômeno, com ventos que ultrapassaram os 250 km/h, deixou seis mortos, 750 feridos e destruiu cerca de 80% do município.
De acordo com o meteorologista, já havia previsão de tempestades fortes no Sul do país, mas não havia indicação de que um fenômeno da magnitude de um tornado pudesse ocorrer. "Não é comum acontecer este tipo de situação no país onde nós estamos", afirmou Santos.
Ele destacou que o evento climático foi resultado da transição entre a primavera e o verão, período em que o encontro de massas de ar fria e quente pode provocar tempestades severas. No caso do tornado em Rio Bonito do Iguaçu, as condições atmosféricas se uniram ao relevo da região, favorecendo a formação do fenômeno.
Reginaldo ressaltou ainda que o aquecimento crescente da atmosfera aumenta a probabilidade de eventos extremos. Por isso, defendeu a necessidade de ampliar o monitoramento meteorológico e o número de satélites para melhorar a capacidade de previsão.
Segundo ele, embora tornados não sejam comuns no Brasil, as mudanças climáticas tornam episódios como o registrado no Paraná cada vez mais possíveis, especialmente na região Sul do país.
Igor Vieira sob supervisão de Alexandra Oliveira | Catve.com
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