Catve
Nesta sexta-feira (14) completa uma semana de mortes e destruição em Rio Bonito do Iguaçu. Um tornado classificado como F-3 devastou o município de 14 mil habitantes. Os dias têm sido de reconstrução, um trabalho que ainda deve demorar.
Pessoas com escoriações e vários machucados. Os irmãos Kimberly e Kainã foram atingidos por estilhaços de vidro e pedaços de gesso e, hoje, o desespero é relatado por uma criança. Restam feridas no corpo e na memória.
Lembranças dolorosas causadas por uma força devastadora. Na sexta-feira, dia 7 de novembro, às 18h, o tornado se aproximava. A destruição veio. Sete pessoas morreram: seis em Rio Bonito do Iguaçu e uma em Guarapuava. Além disso, cerca de 800 pessoas ficaram feridas. 26 seguem internadas, sendo três em UTIs.
Os ventos foram de mais de 300 km/h e arrastaram tudo. Uma semana depois, escombros por todos os lados e cenários ainda impressionantes. E os moradores tentam se reerguer.
A cobertura da casa de Célia e José não resistiu, e as paredes rachadas suportaram por pouco a fúria do tornado. Eles estavam em um canto da sala quando o tornado chegou.
Para algumas pessoas, pouquíssimo tempo fez diferença. Cerca de dois minutos separaram Evandro de uma tragédia maior. Ele estava no Ginásio Municipal Alessandro Bovino, que ficou destruído. Lá, um evento para cerca de 2 mil pessoas seria realizado.
A rotina de muita gente mudou. Dona Maria Salete limpa a calçada, mas mostra a casa praticamente vazia. Ela perdeu quase todos os móveis. Ela e o marido estavam em um sítio quando tudo aconteceu.
Moradores tiveram que trocar todo o telhado das casas e, alguns, contam que foi o momento mais triste de toda a vida.
Uma cidade em reconstrução. O município de 14 mil habitantes teve 90% dos imóveis destruídos e agora conta com uma força tarefa, com profissionais de vários setores. Materiais de construção estão chegando de todos os lugares.
A mão de obra carcerária está sendo utilizada para reconstrução de prédios públicos e escolas. Dos sete colégios estaduais, cinco foram afetados. Alguns destruídos completamente. Nas escolas municipais, 20 dias sem aulas.
O poder público agilizou a destinação de benefícios e auxílios e as cobranças de energia elétrica e água foram interrompidas. Os estados vizinhos chegam com ajuda e caminhões de donativos são enviados de várias partes do Paraná. No centro de recebimento e triagem, centralizado em Laranjeiras do Sul, muitos voluntários estão trabalhando.
Muitas famílias foram acolhidas e a solidariedade é humanizada.
Confira os detalhes no vídeo acima.
Reportagem Patrícia Cabral | CATVE
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