Política

CPI do Abuso: mudanças na composição de secretarias atrapalharam trabalho da Corregedoria, afirma servidor

Comissão ouviu mais quatro pessoas na Câmara de Vereadores


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Nesta sexta-feira (15), foi realizada mais uma etapa da CPI que investiga casos de abuso em CMEIs de Cascavel. Quatro pessoas foram ouvidas na Câmara de Vereadores.

O servidor foi chamado para que os cinco membros da comissão entendessem melhor o funcionamento da Divisão de Transparência, Ética e Controladoria-Geral do município.

João Carlos dos Santos é servidor público há 17 anos e, durante uma década, esteve à frente do setor responsável por avaliar a conduta de servidores diante de eventuais denúncias.

No governo anterior, em 2018, quando a Secretaria Municipal de Administração mudou de nome para Secretaria da Casa Civil, Transparência e Combate à Corrupção, ele pediu mudança de função por não acreditar que as denúncias seriam corretamente analisadas.

Pela sua experiência, o caso do abuso sofrido por uma criança de 3 anos, em 2019, no CMEI do bairro Interlagos, cujo autor do crime foi um ex-agente de apoio, foi mal conduzido pela equipe.

A presença do agente de apoio em sala de aula foi confirmada novamente pela professora regente do CMEI do bairro Canadá, Noeli Grapégia, unidade para a qual o agente pediu transferência após o início das investigações.

A professora Sara Lopes Rezende, que atualmente trabalha em Toledo, lamentou o fato que motivou a CPI e que, segundo ela, atinge negativamente a imagem do CMEI Canadá, onde trabalhava na época.

Na próxima quarta-feira (20), será realizado um verdadeiro mutirão de oitivas, com início às 8h, na Câmara de Vereadores, inclusive com possibilidade de acareação, caso seja necessário.

Mariana Kalschnea, mãe do menino vítima do abuso, crime que resultou na condenação do agente de apoio a 30 anos de prisão e perda da função pública, acompanhou os depoimentos. Ela residia em Cascavel até o fim do ano passado, mas, diante das denúncias no início deste ano, mudou-se para Foz do Iguaçu. Agora, pretende retornar a Cascavel.

Mariana também afirma que o agente de apoio, que recorreu da sentença e permanece em liberdade aguardando decisão da Justiça, abusou de outras crianças.

Confira mais detalhes no vídeo:

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