A CPI do abuso em Cascavel começou justamente pelo ponto de partida da denúncia, o depoimento da mãe da criança que foi abusada e cujo caso resultou na condenação de um agente de apoio pela Justiça.
Eram duas horas da tarde desta sexta-feira (11) quando cinco parlamentares, liderados pelo presidente da comissão, vereador Everton Guimarães, deram início às oitivas. Ele colocou em votação os nomes dos servidores que serão convocados para prestar depoimento.
A mãe do menino abusado foi a primeira a ser ouvida. Na época, em 2019, o filho tinha apenas três anos de idade quando foi vítima de um agente de apoio no Cmei do bairro Interlagos.
A denúncia chegou à Prefeitura em 2020. O servidor foi exonerado do cargo público e condenado pela Justiça a 30 anos de prisão. No entanto, recorreu da sentença e permanece em liberdade enquanto aguarda a decisão final.
No caso do município, o questionamento principal é sobre a demora no processo interno, tanto no afastamento quanto na exclusão definitiva do servidor do quadro funcional.
Mariana Kalschne, mãe da criança, espera que o caso envolvendo seu filho sirva de exemplo para que outras crianças não passem pelo mesmo.
O presidente da CPI, vereador Everton Guimarães, afirmou que pretende seguir a cronologia dos fatos. Nas próximas semanas, deverão ser ouvidas professoras e também a diretora do Cmei.
Outras testemunhas, como representantes do processo administrativo da época, da Secretaria Municipal de Educação e da Corregedoria do Município, também devem ser ouvidas posteriormente. Os depoimentos serão baseados nos documentos solicitados pela Comissão de Inquérito à Prefeitura, que só foram entregues na véspera da primeira oitiva.
CPI do abuso: primeira reunião é realizada em Cascavel
Mães de vítimas de abusos em Cmeis de Cascavel desabafam e pedem justiça
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Reportagem de Leandro Souza | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
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