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CPI do abuso: cinco mães e servidora do Cmei são ouvidas nesta segunda-feira (28)

Um dos depoimentos traz suposta denúncia da participação da Secretária de Educação


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Catve

A CPI que investiga casos de abuso em Cmeis de Cascavel ouve familiares de possíveis vítimas do crime. Na manhã desta segunda-feira (28), mães e uma servidora do Cmei prestaram depoimento aos vereadores da comissão.

Além deste encontro, nesta semana vão ser realizadas mais duas reuniões, uma na terça-feira (29) e outra na sexta-feira (1º).

Após uma semana sem oitivas, seis pessoas que podem contribuir com o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito foram ouvidas. Foram cinco mães de crianças que podem ter sido vítimas do agente de apoio condenado a 30 anos de prisão, além de uma servidora do Cmei Professora Vicentina Guisso, do Bairro Canadá -- unidade onde o homem foi transferido depois de cometer o crime no Cmei Irmã Iolanda Guzman Bazan, no Interlagos.

Os seis depoimentos podem trazer à tona fatos inéditos. A imprensa só foi autorizada a gravar imagens da abertura dos trabalhos. Depois, a porta do plenário ficou fechada.

A CPI investiga eventuais falhas que resultaram na demora na apuração do crime de estupro de vulnerável, cometido pelo agora ex-servidor, que atuava em um CMEI do Interlagos em 2019, quando aconteceu o caso. Depois, entre 2019 e 2020, ele pediu transferência para o CMEI do Canadá. Ele só foi exonerado em novembro de 2024.

No dia 11 de julho, a primeira pessoa a ser ouvida foi a mãe da criança que foi vítima de abuso, Mariana Kalschne.

Mais cinco pessoas foram ouvidas no dia 18 de julho: Patrícia Gonçalves da Silva, Diretora Do Cmei Irmã Iolanda Guzman Bazan na época; Alan Wuri Simão, professor; Danielle Barbosa Gabriel, coordenadora do Cmei; Oneide Balastrelli, coordenadora pedagógica da Secretaria De Educação; e Cleonice Rodrigues de Souza, coordenadora pedagógica da Secretaria De Educação.

As oitivas realizadas nesta segunda-feira foram feitas de maneira sigilosa. O presidente da CPI, vereador Everton Guimarães, contou que um dos depoimentos traz uma suposta denúncia da participação da Secretária de Educação, Márcia Baldini, de tentar interromper e pressionar os pais para não proceder com a denúncia.

"A gente deliberou a convocação da secretária Marcia Baldini, porque tinha uma declaração muito forte ali que pesa contra ela, então convocamos ela. Deve ser ouvida nas próximas semanas", disse.

Ele também comentou sobre outro questionamento que foi levantado sobre a celeridade do processo. "A celeridade do processo só se deu porque o profissional tinha passado no concurso público para professor infantil, e aí tinha o edital de convocação, tinha que ser tomada uma decisão. Ou ele assumia como professor ou o processo andava. E aí o processo anda, então a gente também vai ter que investigar isso", contou Everton.

Confira os detalhes no vídeo acima.


Reportagem Deivid Souza | CATVE

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