Há um fato: no Brasil se utilizam alguns agrotóxicos impedidos na União Europeia. O que comprovaria um absurdo.
Só que, ao contrário, existem 90 agrotóxicos registrados na União Europeia, mas que têm seu uso proibido no Brasil.
E agora?
Nada há de errado, agronomicamente falando, em ambas as situações. Variados países, mesmo que sigam critérios universais, nem sempre registram os mesmos ingredientes químicos para o controle de pragas em sua agricultura.
No Japão, por exemplo, são utilizados 220 pesticidas químicos sem registros aqui no Brasil. Significa que os japoneses têm uma porteira aberta para envenenar sua população?
Em nenhuma hipótese.
O esclarecimento técnico sobre essa questão acaba de ser efetuado em uma importantíssima publicação, "Aprovações e Proibições de agrotóxicos em diferentes países", de autoria de Leticia Rodrigues da Silva, Peter Rembichevisk e Luis Eduardo Rangel.
Envolvidos no uso e na regulação governamental de agrotóxicos, os conceituados especialistas apresentaram os fatos. E prestaram enorme serviço à nação por combater os mitos nessa controvérsia.
Segundo eles, existem atualmente 279 ingredientes ativos (IA) químicos registrados como agrotóxicos no país. Entre 2002 e 2022, foram excluídos 79 IAs de agrotóxicos. Destes, 12 o foram em decorrência de reavaliações toxicológica e/ou ecotoxicológica, e 65 por desuso da substância química.
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