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Jorge Guaranho é interrogado e afirma ter ido à festa de Marcelo Arruda 'por idiotice'

Durante o depoimento, réu respondeu a questionamentos da defesa e também do corpo de jurados


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Jorge Guaranho foi interrogado na noite de quarta-feira (13), segundo dia do júri popular do qual ele é acusado da morte do guarda municipal Marcelo Arruda. Durante o depoimento, que durou quase duas horas e meia, ele respondeu a questionamentos da defesa e do corpo de jurados, dando detalhes sobre os fatos ocorridos no dia 9 de julho de 2022.

Guaranho começou respondendo perguntas de cunho pessoal e também profissional. Também declarou ter dificuldades para falar e caminhar devido a sequelas das agressões sofridas no dia do ocorrido.

O réu alegou que nunca teve desavenças motivadas por divergências políticas. Segundo ele, veículos de imprensa, "nem de esquerda, nem de direita", mostraram imagens dele sendo agredido após a troca de tiros ou que Arruda sacou a arma primeiro durante a discussão entre eles.

IDIOTICE E BRINCADEIRA

Guaranho disse que, horas antes do ocorrido, estava na companhia de Márcio Jacob Muller Murback e viu no celular do amigo imagens de câmera de segurança da festa de aniversário, a qual acontecia no clube em que os dois eram sócios e cujo tema fazia alusão ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Ele afirmou que foi até o local "por idiotice, por brincadeira", com músicas sobre o então presidente Jair Bolsonaro, "mas não em volume alto". Ele confirmou ter gritado palavras como "Bolsonaro" e "mito", mas negou ofensas diretas a Arruda.

Após a primeira discussão, Guaranho retornou ao local da festa, motivado por raiva, para "cobrar explicações" de Arruda, que atirou terra contra o carro em que o réu, a esposa o filho estavam.

Questionado pelo advogado de defesa, o réu ressaltou que só disparou por conta da ameaça causada por Arruda, o qual teria se negado a baixar a arma. Ao fim dos questionamentos da defesa, Guaranho afirmou estar arrependido do que fez.

PERGUNTAS DOS JURADOS

O corpo de jurados também fez perguntas ao réu. Uma delas foi se ele estava alcoolizado no dia do crime e Guaranho disse ter bebido "dois ou três copos de uísque em três ou quatro horas", mas que "estava sóbrio". Em outro questionamento, ele destacou que não disparou na primeira vez em que esteve no local da festa, pois Arruda não apresentava uma ameaça naquele momento, mas que atiraria se fosse preciso mesmo com a esposa e o filho dentro do veículo.

Guaranho falou também que tem pensado nas consequências de suas atitudes "o tempo todo" desde o ocorrido, mas que jamais teve a intenção de matar Arruda, tendo "total arrependimento" pelo ocorrido. Disse ainda que "tentou ao máximo não atirar" e agiu por "instinto de sobrevivência".

JULGAMENTO SERÁ RETOMADO NA QUINTA-FEIRA

O julgamento foi suspenso por volta de 21h20 e será retomado às 9h de quinta-feira (14), com os debates entre acusação e defesa. Cada parte terá uma hora e meia para alegações, além de uma hora para réplicas e tréplicas, totalizando cinco horas. 

Na sequência, o corpo de jurados, formado por três homens e quatro mulheres, irá decidir se condena ou absolve o réu. Em caso de condenação, a juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, que conduz o julgamento, será responsável por definir a pena.

Redação Catve.com

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