Uma das advogadas de Jorge Guaranho, Poliana Lemes Cardoso, esteve pela manhã deste sábado (13) no Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, para verificar as condições de transferência do cliente.
Ela gravou um vídeo em frente à penitenciária e disse que foi constatado que "nada do que do que foi falado pelo secretário de Segurança Pública foi cumprido".
A advogada informou que Guaranho está em uma cela comum com outro preso, sem enfermeiro para auxiliá-lo. "Ele está desde ontem sem nenhum tipo de alimentação e nenhum tipo de medicação".
Ainda de acordo com a defesa, o Complexo Médico Penal não tem condições de receber o policial. "O diretor do Complexo Médico Penal tinha plena razão quando disse que não existia possibilidade de receber Jorge Guaranho na unidade, em razão que ele correria risco de vida. Ele informou que não existe a possibilidade de receber um preso comum, quem dirá o Jorge Guaranho, que encontra-se com a saúde completamente debilitada".
A Secretaria de Segurança Pública rebateu a afirmação da defesa e repassou mais detalhes sobre o tratamento dado a ele. Conforme a nota, o médico receitou dieta pastosa e que os curativos foram refeitos pela equipe de enfermagem.
Segundo a Secretaria, o estado de saúde é estável e ele passará por tratamento de reabilitação fisioterapêutica de segunda a sexta-feira, no complexo e caso necessário também poderá ser escoltado a outros centros de saúde.
Sobre a afirmação da advogada de que ele está em uma cadeira de rodas, a Sesp informou que ele esta em uma maca em cela especial para policiais próximo a um posto de enfermagem.
Confira a nota na íntegra:
"A Secretaria da Segurança Pública informa que o médico receitou dieta pastosa, visto que o réu apresentou dificuldade para mastigação. Os curativos foram refeitos pela equipe de enfermagem e seu quadro é estável. Ele passará por tratamento de reabilitação fisioterapêutica diariamente, de segunda a sexta-feira, no Complexo Médico Penal. Caso apresente outras necessidades, poderá ser assistido por equipes multidisciplinares no local ou escoltado em outros centros de saúde. Ele está em uma maca hospitalar em cela especial para policiais, próxima ao posto de enfermagem daquela ala, juntamente com outro detento da área da segurança. O paciente passa bem. Para ele foi prescrito medicamento para dor. Está sendo atendido por médico e equipe de enfermagem."
SOBRE O CASO
O guarda municipal Marcelo Arruda morreu na madrugada de domingo (10), por volta de meia noite, após levar três disparos de arma de fogo na própria festa de aniversário de 50 anos.
Segundo testemunhas, Arruda comemorava o aniversário na sede da Aresfi (Associação Esportiva Saúde Física Itaipu), na Vila A para cerca de 40 pessoas entre amigos e familiares. Em um determinado momento, um desconhecido entrou no local armado e ameaçando todos na festa.
O homem teria sido convencido a ir embora pela própria esposa mas retornou ao local depois de deixar a mulher em casa. Ele desce do carro e passa atirar. O guarda reagiu e houve troca de tiros.
Segundo a Polícia Militar, o GM levou três tiros e mesmo assim conseguiu revidar e ferir o outro atirador. Os dois foram levados para o hospital, o guarda não resistiu aos ferimentos e morreu.
O homem que atirou contra o GM, era Agente Penitenciário, identificado como Jorge José da Rocha Guaranho. Ele recebeu um tiro no rosto e foi encaminhado em estado grave no hospital.
Um mês depois, no dia 10 de agosto, Guaranho recebeu alta hospitalar. A princípio ele ficaria em prisão domiciliar, mas a Justiça reconsiderou a decisão e determinou que ele fosse encaminhado pra o Complexo Médico Penal em Pinhais.
Redação Catve.com
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