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Polícia Civil investiga incêndio em Cascavel; não há indício de crime

Vítimas seguem em estado grave; laudo pericial definirá causas do fogo


Imagem: Catve

O delegado Ian Leão, da Polícia Civil, concedeu entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (16) para detalhar as investigações sobre o incêndio no Edifício João Batista Cunha, em Cascavel.

Segundo o delegado, até o momento, não há qualquer indício de incêndio criminoso. "As informações levantadas pelo Grupo de Diligências Especiais (GDE) e pela equipe plantonista indicam que se trata de um acidente", afirmou.

O delegado explicou que a Polícia Civil dará continuidade às diligências após a conclusão do laudo pericial realizado pela Polícia Científica. Entre as próximas etapas estão as oitivas dos bombeiros que participaram da ocorrência e das vítimas, quando estas estiverem recuperadas física e psicologicamente, para evitar revitimização.

Sobre a presença de equipamentos de segurança no prédio, o delegado afirmou que essa questão será detalhada no laudo pericial. Com base nas informações coletadas, a Polícia Civil fará a pontuação do inquérito.

O prazo do inquérito sem prisões é de 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período, dependendo da complexidade do caso. Já o laudo pericial não tem prazo definido, dada a complexidade da situação.

Quanto à informação de que o fogo teria sido iniciado por um fogão esquecido, o delegado destacou que isso será confirmado apenas após o laudo. Mesmo que seja comprovado, não há crime de incêndio culposo previsto no Código Penal. Segundo Leão, o incêndio previsto na legislação é doloso, e negligência, imprudência ou imperícia não configuram crime nesse contexto.

No momento, apenas levantamentos informais foram realizados, e as pessoas envolvidas ainda estão sendo identificadas antes de serem ouvidas formalmente.

Estado de saúde das vítimas do incêndio:

Pietro José Dalmagro de 4 anos, foi transferido para o Hospital Evangélico Mackenzie, em Curitiba, por apresentar queimaduras de terceiro grau no rosto e lesões nas vias aéreas.

Sueli Vieira dos Reis de 51 anos, permanece no São Lucas Hospital Center, na UTI, sedada, em estado grave, porém estável, segundo informou o diretor técnico, Dr. Luiz Carlos Toso.

Ambos recebem todos os cuidados das equipes médicas e passam por avaliações constantes para acompanhamento da recuperação.

Juliane Suellem Vieira dos Reis, é a vítima mais grave do incêndio. Ela sofreu queimaduras em cerca de 70% e 90% do corpo e apresentava fuligem na boca. Juliane permanece na UTI do Hospital Universitário do Oeste do Paraná, uma transferência foi solicitada, mas até o momento ainda não ocorreu. Ela ajudou a salvar a mãe, Sueli e o primo em segundo grau, Pietro que estavam no apartamento do 13º andar, onde o fogo começou.

O sargento Edemar de Souza Migliorini teve queimaduras de segundo e terceiro graus em 20% do corpo, principalmente nos braços, mãos e lombar.

Ele segue internado em hospital particular de Cascavel. A princípio o estado de saúde é estável e há previsão de transferência para o São Lucas Hospital Center no período da tarde.

Bruna Guzzo | Catve.com

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