Foto: Flávio Ulsenheimer /CMC
A Câmara de Vereadores de Cascavel deve votar, na próxima sessão, a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis falhas no processo administrativo que resultou na demissão tardia de um servidor condenado por estupro de vulnerável.
A proposta já reúne as assinaturas necessárias para tramitar: Rondinelle Batista, Everton Guimarães, Policial Madril, Bia Alcantara e Lauri Silva subscreveram o pedido, atingindo o mínimo exigido — um terço dos parlamentares.O requerimento formalizado nesta sexta-feira (06).
O caso gerou grande repercussão após a revelação de que o servidor, condenado em 2019 a 30 anos de prisão por abusar sexualmente de uma criança no CMEI Vicentina Guisso, só foi demitido no fim de 2024. A demora no afastamento vinha sendo questionada por familiares das vítimas e denunciada pela imprensa.
A Prefeitura concluiu recentemente uma sindicância interna sobre o caso. O relatório, entregue à Câmara na segunda-feira (2) pela secretária de Comunicação, Beth Leal, apontou falhas na condução do processo administrativo disciplinar (PAD) anterior e recomendou abertura de novo PAD contra a servidora responsável. Também foi sugerida a nomeação de um corregedor para a Prefeitura — cargo vago desde 2023 — e maior controle dos procedimentos disciplinares em todas as secretarias.
Segundo Beth, o prefeito Renato Silva (PL) já começou a implementar as recomendações.
Com as assinaturas já protocoladas, a criação da CPI depende agora da aprovação em plenário.
Alexandra Oliveira | Catve.com
** Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a equipe Portal CATVE.com pelo WhatsApp (45) 99982-0352 ou entre em contato pelo (45) 3301-2642