Foragido que manteve esposa em cárcere se entrega à polícia no Paraná

Jean Ribas, de 23 anos, foi preso após 30 dias foragido das forças segurança de Rio Branco do Sul. Ele foi indiciado por manter a esposa em cárcere privado durante cinco anos, sequestro, violência psicológica, ameaça e descumprimento de medida protetiva.

O Delegado Gabriel Fontana, afirmou que desde o dia 17 de março, data da decretação da prisão preventiva, estava foragido. A prisão aconteceu na tarde desta quarta-feira (16), após negociação para que ele se entregasse na Delegacia. O homem foi denunciado, agora cabe ao Ministério Público decidir se inicia a ação penal ou solicita novas diligências.

Após os procedimentos de polícia judiciária, ele será encaminhado ao sistema penitenciário.

A equipe de reportagem do Catve.com teve acesso ao vídeo do depoimento ao delegado de plantão, Cassiano Aufiero. 

Além do depoimento ao delegado de plantão, acesso também aos áudios gravados pela vítima, são horas de provas da violência contra a mulher.

O último áudio registrado pela vítima, no dia 28 de fevereiro, capta o momento da discussão entre o casal dentro de um carro, desencadeada por Jean após acusar a mulher de olhar para outro homem na rua. "Eu pego você e te mato na frente da casa da vó. Faça o escândalo", ameaça o homem. A mulher revida a ameaça e diz que também o mataria.

Primeiro a vítima escreveu um bilhete e deixou em um posto de combustíveis: "Me ajude. Moro no Taquaral, município de Itaperuçu, sofro muita violência em casa". A Polícia Militar informou que não conseguiu localizar o endereço. Depois do bilhete, a mulher enviou um e-mail até a Casa da Mulher Brasileira, o que levou os policiais até a região rural de Itaperuçu, onde aconteceu a prisão em flagrante no dia 14 de março. Mas o acusado não ficou preso após a audiência de custódia. 

Clique aqui e confira o depoimento e os áudios.

Jean Ribas mantinha a esposa, também de 23 anos, sob controle e monitoramento, na casa que fica na área rural havia uma câmera de monitoramento para acompanhar cada passo da mulher. Não a deixava sair de casa sozinha, nem receber visitas que não fossem os familiares. O casal teve um filho, que presenciava as diversas cenas de violência.

Gabi Lira | Catve.com