Imagem | Polícia Civil do Paraná
O aspirante a oficial da Polícia Militar do Paraná Elielton Alexandretti detalhou como aconteceu a prisão do homem acusado de manter a esposa em cárcere privado em Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba.
Conforme explicado, a denúncia da agressões e do fato chegou através da Casa da Mulher Brasileira, um abrigo para mulheres violentadas.
" Forma como a vítima encontrou para contatar as autoridades policiais foi através de um e-mail que ela enviou para a Casa da Mulher Brasileira".
Os policiais realizaram diligências e levantaram informações. Foi constatado que os envolvidos moraram em uma área rural, de difícil acesso.
"Inclusive sendo levantado que em data anterior essa mesma vítima deixou um bilhete em posto de gasolina pedindo ajuda, pedindo por socorro".
As equipes foram no estabelecimento e não foi possível mais informações e nem localizá-lo. As diligências continuaram para encontrar o acusado e diversas equipes foram mobilizadas. Segundo o aspirante, havia o receio que ele fugisse.
"Também relatado pela vítima que ele era acobertado por familiares e que eles eram coniventes com a situação tanto com a agressão quanto o cárcere privado".
Os policias encontraram a casa e o investigado que não resistiu a abordagem. No primeiro momento, a vítima negou os fatos. Na sequência a equipe pediu para que ele escrevesse em um papel para verificar a similaridade da letra com o bilhete deixado no posto há quinze dias. A polícia informou que neste dia não encontrou o local.
Imagem | Polícia Civil do Paraná.
Ao ser questionada com relação a celular ela disse que não tinha e que usava um em conjunto com o marido. Um outro celular seria do filho e não tinha chip, contatos ou aplicativos de mensagem. Os policiais pediram sobre o e-mail cadastrado no aparelho.
"Ela mostrou e nos verificamos que seria o mesmo e-mail que ela utilizou para enviar para a Casa da Mulher Brasileira pedindo a denuncia"
No momento que a equipe pediu quem teria acesso ao celular, a vítima começou a chorar e disse que tinha denunciado. Ela informou que sofria abusos e agressões há oito anos e que o marido a privava de contato com as pessoas, sem contato com familiares sem presença e aval dele.
Durante diligências, os policiais encontraram uma câmera apontada para porta da casa para monitorá-la enquanto não estava em casa.
"Ela relatou sofrer diversas agressões, que por vezes ela foi amarrada, asfixiada, entre outras"
O homem de 23 anos foi preso em flagrante, mas solto após audiência de custódia realizada no último domingo, 16 de março. Ele poderá responder em liberdade pelas agressões contra a jovem de 23 anos.
O ministério público pediu a prisão do acusado e destaca a periculosidade do suspeito e a necessidade da medida para a garantia da segurança da mulher e de familiares.
A 2ª Promotoria de Justiça de Rio Branco do Sul acompanha as investigações sobre o caso para posterior oferecimento de denúncia e atua para garantir que a vítima receba o devido acompanhamento psicológico pela rede local de proteção.
Evelyn Antonio | Catve.com
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