Na correria da noite de sexta-feira (5), a Rua Curitiba foi palco de uma cena inesperada: uma mamãe gambá (Didelphis albiventris) atravessando a via com pelo menos três filhotes nas costas, arrancando olhares curiosos de quem passava por ali.
A cena registrada pelo repórter cinematográfico Valdislei Bandeira, durou poucos segundos, mas foi o suficiente para transformar uma noite comum em um daqueles momentos que fazem as pessoas pararem para observar. Quem assistiu ao vivo ficou entre o susto e a admiração ao ver os filhotes agarrados às costas da mãe.
O registro chama a atenção para a presença cada vez mais frequente de animais silvestres em áreas urbanas, especialmente durante a noite, quando eles saem em busca de alimento ou abrigo.

Carregar os filhotes nas costas
O hábito de carregar os filhotes nas costas é uma característica típica dos gambás e faz parte da fase inicial de desenvolvimento dos pequenos. Após saírem da bolsa marsupial, eles seguem presos ao corpo da mãe durante os deslocamentos, usando a cauda para se segurar enquanto ela busca alimento ou abrigo. Esse comportamento garante proteção contra predadores, ajuda na locomoção dos filhotes e aumenta as chances de sobrevivência na natureza.
Eles ajudam no controle de insetos, escorpiões, aranhas e até pequenos roedores, além de colaborarem com a dispersão de sementes, contribuindo para a regeneração da vegetação. São aliados da natureza, mesmo quando aparecem na área urbana.
Ao se deparar com um gambá, a principal orientação é não tentar tocar o animal. Apesar da aparência tranquila, ele pode se assustar e reagir em defesa própria. Também não é recomendado oferecer alimento. O ideal é apenas sinalizar o local para evitar atropelamentos e, em situações de risco, acionar o órgão ambiental ou o Corpo de Bombeiros para que o resgate seja feito de forma segura.
Gabi Lira | Catve.com
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