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Último dia... - por Affonso Celso Gonçalves Jr.

Autor do livro ‘Fragmentos’


A cada novo dia, quando despertamos, iniciamos nossa jornada diária geralmente de forma rotineira. Este início do dia varia para cada um de nós, alguns com uma oração, outros vão diretamente ao banho, um café, talvez uma leitura rápida num jornal, uma conferida nas redes sociais, uma realinhada na agenda, outros uma conversa com a família e outros imersos na mais profunda solidão.

Porém, um dos momentos mais determinantes de cada dia que se inicia, será nossa saída de casa para ir ao trabalho, à universidade, à academia, ou a qualquer outro lugar, pois neste momento, estamos entregues ao nosso destino e geralmente não pensamos ou refletimos que aquele poderá ser nosso último dia nesta jornada terrena. Já se perguntaram se este é seu último dia aqui na Terra? Nosso último dia com nossa família e amigos?

Será que encontraremos nosso derradeiro destino na próxima esquina? Um acidente, um assalto, uma queda ou até mesmo um mal súbito. Nada disso importa, pois o que verdadeiramente trará paz à nossa alma naquele momento final, será o fato de termos vivido intensamente e se teremos nos despedido com amor daqueles que são importantes em nossa vida.

Quando nascemos e despertamos numa nova encarnação, ganhamos um passe livre do Grande Arquiteto do Universo para crescermos e nos desenvolvermos da melhor forma possível, independente de nossas limitações. Temos a oportunidade de fazermos nosso próprio destino por meio do esforço e determinação dentro dos preceitos da retidão e da bondade. Somos conscientes de que o dia de nosso desligamento terreno chegará uma hora ou outra. A questão mais importante é: estamos vivendo como se cada dia fosse o último? Estamos amando, perdoando, estudando, trabalhando, orando, aprendendo e principalmente demonstrando tudo isso aos que nos cercam?

Quando acordarem amanhã, reflitam e agradeçam por tudo que vocês conquistaram e por todas as pessoas que te encontraram nesta jornada terrena. Digam em voz alta para seu par, seu companheiro, cônjuge, filhos e amigos, o quanto você os ama e o quanto eles são importantes para você, pois esta, poderá ser sua última oportunidade, antes que receba o chamado do Pai para retornares ao seu verdadeiro lar.

Se quiseres poder suportar a vida, fica pronto para aceitar a morte. Sigmund Freud


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