Imagem: AEN
A Defensoria Pública do Paraná afirmou que a Enaex deve indenizar as famílias e vítimas da explosão ocorrida em Quatro Barras, mesmo que a empresa não seja considerada diretamente responsável pela tragédia. A avaliação é do defensor público Ricardo Menezes, que acompanha o caso.
O acidente aconteceu em 12 de agosto, na unidade da empresa, e deixou nove trabalhadores mortos. O laudo da Polícia Científica do Paraná, divulgado na última segunda-feira (15), aponta que o frio intenso registrado no dia — cerca de 3°C — pode ter contribuído para a detonação. Segundo os peritos, a baixa temperatura teria favorecido a solidificação do pentolite, mistura usada no carregamento dos busters, que ao bater contra os agitadores pode ter provocado a explosão.
Menezes destacou que, mesmo sem uma conclusão definitiva das investigações, a Enaex responde por desenvolver uma atividade de risco. Por isso, segundo ele, a companhia deve reparar os danos sofridos pelas famílias.
"É importante ressaltar que a empresa desempenha uma atividade de risco, que é a fabricação de explosivos. Em decorrência disso, ela tem o dever de reparar as famílias que perderam seus familiares, ainda que não seja demonstrada uma culpa específica em relação ao evento", afirmou.
O defensor explicou ainda que a Defensoria Pública atua para garantir que todos os atingidos sejam indenizados de forma justa.
"Trabalhamos para que as famílias sejam efetivamente reparadas e para que os critérios de indenização e valores de danos materiais e morais atendam parâmetros uniformes para todos os envolvidos", comple
Evelyn Antonio | Catve.com
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