Debates sempre foram a arte de conseguir colocar o adversário em situação difícil, uma arena de retórica agressiva.

Nunca para mostrar propostas ou revelar a falta de conhecimento do outro sobre a administração pública, o município ou estado.

Debates são usados para ataques pessoais procurando desmoralizar, desestabilizar, desqualificar o oponente.

E, quando indagados sobre algo que realmente deveria ser o propósito do debate as respostas são evasivas e na maioria não tendo nada com o tema. Na maior cara de pau, sem qualquer constrangimento, os candidatos não respondem sobre o que foi perguntado, desviam a atenção, fogem, simplesmente porque, na sua maioria, não estão preparados para tal.

Certa vez, abri perguntas ao vivo de duas ações externas no debate. Uma equipe no centro da cidade e outra equipe ao vivo em um bairro. Todas as perguntas de populares foram de cunho pessoal, tipo acusações. Praticamente nenhuma sobre alternativas viáveis para desafios enfrentados pela comunidade e as necessidades reais da cidade.

Então, reafirmo que o objetivo sempre é criar constrangimento ao perguntado, perpetuar uma guerra de palavras que pouco contribui para a construção de um futuro melhor.

Pode colocar a regra que quiser. Tratar e ajustá-las com os assessores. Definir com eles tempos de Perguntas, respostas, réplicas e tréplicas. Pouco respeitarão e ainda ao final, sempre, sempre quando entrevistados, os debatedores reclamarão da falta de tempo e das regras engessadas, ou seja, o debate é mesmo uma excelente oportunidade para "esquecer" o que são propostas e planos de governo.