O prefeito de Toledo, Beto Lunitti, participou ao vivo nesta sexta-feira (22) do Programa EPC, na Catve, para explicar o projeto de lei que aumenta em 34% o salário do prefeito, vice e secretários. A votação na Câmara de Vereadores será na segunda-feira (25).

No caso do subsídio do prefeito, o valor passará dos atuais R$25.103,74, para mais de R$ 33.805,78. O do vice-prefeito passará do valor bruto de R$ 12.551,87 para R$ $ 16.902,89. O projeto de lei tem gerado polêmica e forte reação dos Sindicato dos Servidores, que promovem um abaixo assinado em Toledo contra a aprovação do aumento.

No EPC, Beto Lunitti diz que não se trata de um aumento mas de uma recomposição de perdas. Ele explica que o reajuste é iniciativa da Câmara e não do Poder Executivo mas que a correção é necessária para recompor o salário dos médicos e atrair mais profissionais para atender o Programa Saúde da Família. É que por lei, nenhum servidor pode receber um salário maior que o do prefeito e, segundo Beto Lunitti, vários médicos concursados estão perdendo entre R$ 4 mil e R$ 6 mil mensais que teriam direito, por conta da limitação do teto salarial.

Na entrevista, o Beto Lunitti alerta que, caso não seja aprovado o projeto de lei, cerca de 60 mil moradores de Toledo poderão ser afetados com os impactos, entre eles, da evasão de médicos.

Quantos aos 34%, bem acima da inflação que tem variado na casa dos 11%, o prefeito diz que há pelo menos cinco anos o subsídio não tem reajuste da inflação e que o percentual, repararia as perdas ao longo do tempo.

DEVOLUÇÃO DO AUMENTO

Para tentar afastar a ideia de que Beto Lunitti quer aumentar o salário em benefício próprio, ele enviou uma carta aos vereadores afirmando que ele e o vice-prefeito, Ademar Dorfschmidt, vão devolver a diferença do reajuste recebido. Mensalmente, o valor extra será depositado na conta do Fundo Municipal de Saúde, para aplicação na área.