O Athletico-PR iniciou o Campeonato Brasileiro 2022 com derrota para o São Paulo por 4 a 0 no Morumbi na noite deste domingo (10). Sem demonstrar qualquer reação dentro de campo, fora dele a diretoria agiu rapidamente e em comum acordo anunciou o desligamento do técnico Alberto Valentim, quem em 29 jogos no comando do Furacão só conseguiu oito vitórias. 

A procura pelo novo treinador foi o principal assunto de Mário Celso Petraglia, presidente e CEO do Athletico, durante uma entrevista ao Bate-Papo de Esportes da CATVE na noite desta segunda-feira (12). 

"O nosso técnico não resistiu à derrota e a pressão da torcida e pediu pra sair. Nós aceitamos porque é quando o profissional não se sente garantido e seguro na função", disse o mandatário. 

Sobre alguns nomes ventilados nos bastidores do clube, Petraglia descartou alguns candidatos que foram cogitados, como Tiago Nunes, Diego Aguirre e Cuca. Por outro lado, confinou que conversou com Sylvinho que estava recentemente no Corinthians. 

"Já estamos vendo. A torcida que fique tranquila que logo teremos um novo técnico. Temos pressa. Quem você vai trazer? É a primeira pergunta quando se demite alguém. Então começa a exclusão de nomes que aparecem em uma lista. Tem aqueles empregados, que dificilmente sairiam de onde estão. Tem aqueles que ganham absurdamente e que o Athletico ainda não tem condições de pagar. Tem aquele que já treinou aqui é a gente não quer. É um trabalho mais por eliminação do que por escolha. Realmente conversamos com Sylvinho e não sei como vazou essa informação porque não procuramos dar esses detalhes para evitar especulações. E ainda queria deixar claro que não pretendemos trazer técnicos de fora do Brasil", contou Petraglia. 

Durante uma hora de programa, o dirigente também tratou de outros assuntos relacionados ao clube, como a construção de uma ginásio poliesportivo ao lado do CT do Caju. O Athletico também vai investir no trabalho de formação dos jogadores que iniciam a carreira pelas quadras. 

"Já contratamos uma empresa e vamos construir um lindo ginásio. Até gostaria de ter uma parceria com o Cascavel Futsal, que é um grande centro da modalidade. Já fizemos um trabalho com o futsal antes, mas de forma muito amadora. Agora não, vamos investir fortemente no futsal, que é onde a "meninada" vai jogar. Criamos uma fundação para formar profissionais e através das parcerias massificar a modalidade, é algo semelhante ao que já fazemos com o futebol", ressaltou o Presidente do Athletico. 

Mario Celso Petraglia não esconde o desejo de conquistar um título mundial de clubes com o Athletico e em anos anteriores havia dito que o sonho era chegar lá em 2024. Dois anos de pandemia atrapalharam o desejo do clube que completa 100 anos justamente em 2024. 

"Não sabíamos quando tudo isso iria acabar e tiramos o pé. Só vendemos jogadores em dois anos e seguramos para ver o que aconteceria. Hoje somos o 12º clube da América do Sul e o 5º do ranking da CBF desse século, mas lamentavelmente o futebol ficou muito caro. Retomamos os investimentos no futebol e continuar contratando para reforçar os pontos mais vulneráveis que temos", destacou Mário Celso. 

O Presidente do Athletico não revelou detalhes do plano para transformar o clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), mas confirmou que já existe um acordo com um banco internacional. A expectativa é que um contrato bilionário deva ser anunciado em breve. 

"Já contratamos um grande banco, que ainda não posso divulgar o nome, mas é um banco internacional. Não optamos por bancos brasileiros e estamos fazendo o trabalho de planejamento estratégico do que faremos com esse dinheiro porque o Athletico não tem dívida. Eu diria que o contrato tem mais de nove zeros. E vamo investir em formação e formação e formação", disse 

Ao fim da entrevista, Petraglia considerou que houve um erro de planejamento ao não utilizar o time principal esse ano no Campeonato Paranaense e também respondeu a pergunta sobre a dívida da Arena da Baixada, ou seja, como estão as negociações a respeito do acordo tripartite com a prefeitura de Curitiba e Governo do Paraná.

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