Policial

MP denuncia Jorge Guaranho por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum

Acusado matou guarda municipal durante festa de aniversário em Foz do Iguaçu


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Foto: Catve

Dois promotores do Ministério Público do Paraná (PMPR) apresentaram nesta quarta-feira (20) a denúncia contra policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar guarda municipal durante a festa de aniversário em Foz do Iguaçu no dia 09 de julho. 

O guarda municipal Marcelo Arruda morreu ao ser atingido por três disparos de arma de fogo.

Os promotores Tiago Lisboa e Luiz Marcelo Mafra Bernardes da Silva, apresentaram vídeos e imagens que fazem parte da investigação, para apresentar a denúncia pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e perigo comum.

Conforme o órgão, Guaranho agiu por motivo fútil decorrente de "preferências político-partidárias antagônicas" e ainda colocou a vida de mais pessoas ao atirar no local que estava com diversos convidados no local.

"Nessa denúncia, nós buscamos por meio dela retratar fielmente todos aquele elementos que foram colhidos pela equipe policial durante o período investigatório", explicou o promotor Luiz Marcelo Mafra.

Os promotores ainda ressaltaram que não foram contatados os crimes de ódio, discriminação, ou contra o estado democrático de direito. A ação foi mudada de ódio por divergência política para homicídio provocado por discordância político partidário, uma vez que não existe crime político previsto na lei para esse caso. 

O prazo legal para o oferecimento da denúncia, termina nesta quarta-feira (20). Mas ainda existem cinco laudos pendentes (laudo de exame de confronto balístico, analise de gravador de vídeo DVR, extração de análise do aparelho celular do investigado Guaranho, exame de veículo automotor e exame do local de morte), que devem ser juntados na ação penal. Conforme o Ministério Público, a previsão pra a conclusão é de pelo menos 10 dias. No entanto, mesmo assim, o MP decidiu oferecer a denúncia agora. "O Ministério Público entendeu por bem, que esse laudos não são por hora imprescindíveis ao oferecimento da denúncia," disse Tiago. 

O promotor ainda ressaltou que apesar de importantes, os laudos não são imprescindíveis. E a demora para o oferecimento poderia acarretar a soltura do acusado.

Após os laudos concluídos, o órgão  pode analisar os documentos pendentes e se for necessário refazer a denúncia, isso será possível. "Após o recebimento desses laudos pendentes nós vamos analisa-los. Nós ainda podemos, no curso da ação penal, caso entendermos necessário ou julgarmos conveniente, solicitar novas diligencias a autoridade policial", explicou. 

Vítima comemorava o aniversário na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi), na Vila A para cerca de 40 pessoas entre amigos e familiares. Em um determinado momento, um desconhecido entrou no local armado e ameaçando todos na festa.

O homem teria sido convencido a ir embora pela própria esposa mas retornou ao local depois de deixar a mulher em casa. Ele desce do carro e passa atirar. O guarda reagiu e houve troca de tiros.

Segundo a Polícia Militar (PM), o GM levou três tiros e mesmo assim conseguiu revidar e ferir o outro atirador. Os dois foram levados para o hospital, o guarda não resistiu aos ferimentos e morreu, já o atirador está em estado grave.

Marcelo Arruda deixa esposa e quatro filhos, sendo uma menina de seis anos e um bebê de apenas 1 mês. Ele era diretor do Sismufi, o Sindicato dos Servidores Municipais de Foz e estava na Guarda Municipal a 30 anos.

O acusado estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) desde o dia do crime, mas ganhou alta na terça-feira (19) e foi transferido para um leito de enfermaria.



Catve.com

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