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Explosão em Quatro Barras: após recolhimento de vestígios, trabalhos avançam para identificação das vítimas

Simultaneamente, a Polícia Científica faz a triagem dos vestígios encontrados no local


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Foto: Paulo Henrique Vieira / SESP

A Polícia Científica do Paraná (PCPPR) e o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) encontraram cerca de mil vestígios que devem levar à identificação das nove vítimas da explosão na fábrica Enaex Brasil, ocorrida na última terça-feira (12), em Quatro Barras. O material catalogado está sendo analisado em laboratórios do Estado e os perfis do DNA dos familiares já estão estabelecidos no sistema da Polícia Científica.

Todos os vestígios coletados na área foram encaminhados à Polícia Científica, encarregada da análise. A área das buscas foi isolada enquanto a análise do material acontece. A Polícia Militar do Paraná (PMPR) é responsável pelo resguardo do local durante o isolamento.

As informações foram dadas pelo secretário da Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, na tarde desta sexta-feira (15). "Temos o compromisso de encerrar toda a análise o mais rápido possível para propiciar às famílias as identificações e certidões de óbito dos parentes que faleceram nessa catástrofe", afirmou.

Ainda segundo o secretário, a próxima avaliação será feita pela Delegacia de Quatro Barras, onde segue o inquérito, sobre continuidade ou não das buscas.

"Todos os questionamentos estão sendo feitos pela Polícia Judiciária e pela Delegacia de Quatro Barras, que solicitaram informações da empresa, Já foram ouvidas testemunhas sobre o dia a dia da empresa e tudo caminha para conclusão do inquérito em 30 dias, que podem ser prorrogados por mais 30 dias", explicou o secretário Hudson Teixeira.

Segundo ele, os laboratórios do Estado trabalham em ritmo regular mesmo sob a demanda acidente. Por isso, os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina ainda não foram acionados para prestarem auxílio.

A Polícia Civil também solicitou à Enaex um relatório técnico detalhado com informações sobre os materiais utilizados no processo de produção e os protocolos de armazenamento adotados. A expectativa é que o documento contribua para esclarecer as causas do acidente.

Simultaneamente, a Polícia Científica faz a triagem dos vestígios encontrados no local. O material recolhido passa por análises de DNA nos laboratórios do Estado, etapa fundamental para a identificação das possíveis vítimas.

Na segunda-feira (18), deve ocorrer uma reunião em Quatro Barras com as famílias das vítimas, com a presença da Defensoria Pública do Paraná, para explicar a elas como exercerem seus direitos diante de uma ocorrência deste patamar. Os profissionais do Programa Prumos, de apoio psicossocial da Sesp, também devem participar.

INTEGRAÇÃO ENTRE POLÍCIAS DO PARANÁ - Os trabalhos no local foram iniciados na terça-feira (12) pelo Corpo de Bombeiros Militares do Paraná, em conjunto com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Paraná, que fez a varredura do local com o Esquadrão Antibombas para garantir a segurança do avanço das buscas.

A cratera aberta pela explosão concentrou a maior parte dos trabalhos, que contaram com o apoio de cães farejadores do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) do CBMPR, além de profissionais da própria empresa e de voluntários.

"Apoiamos especificamente a Polícia Científica na busca pelos vestígios nos quadrantes definidos, sendo o último deles o epicentro da explosão", afirmou o comandante geral do CBMPR, coronel Antonio Geraldo Hiller.

Após a divisão da área afetada em nove quadrantes de busca, a Polícia Científica do Paraná iniciou o trabalho de varredura e catalogação dos vestígios encontrados com o apoio dos bombeiros militares.

"Nós fizemos a segmentação do terreno e, em paralelo, aconteceu a extração e processamento em laboratório do DNA", explicou o perito oficial criminal da PCPPR, Leonel Letnar Junior.

A Polícia Civil do Paraná colheu depoimentos de sobreviventes e de funcionários que atuaram nos turnos anteriores ao acidente. Os relatos reforçaram a dinâmica observada nas imagens captadas pelo circuito interno de monitoramento da empresa. As imagens, junto aos depoimentos, estão sendo usados para a compreensão dos momentos que antecederam a explosão.

Antonio Mendonça/ Catve.com/ AEN

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