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Crianças, adolescentes, jovens, professores e integrantes da comunidade participaram de uma passeata na manhã desta terça-feira (26) em Bandeirantes, no Norte do Paraná. O ato foi organizado pela Escola Pequeno Príncipe - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e contou com cartazes, roupas pretas e mensagens de conscientização à população. Pelo menos mil pessoas participaram da mobilização.
A escola atende atualmente 185 alunos matriculados, que recebem atendimento pedagógico e complementar nas áreas de Fisioterapia, Fonoaudiologia, Assistência Social, Terapia Ocupacional, Psicologia, além do acompanhamento de neurologista e sessões de hidroterapia.
A manifestação faz parte de uma mobilização nacional contra a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 7796, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). A medida questiona a legalidade de repasses financeiros para a manutenção do ensino especializado.
De acordo com a Federação das APAEs do Estado do Paraná (FEAPAES-PR), a possível mudança contraria leis estaduais (Lei nº 17.656/2013 e Lei nº 18.419/2015) que garantem recursos às instituições. Para a entidade, essas legislações são essenciais para assegurar educação de qualidade e equitativa às pessoas com deficiência.
Pais, professores e voluntários demonstraram preocupação sobre onde e como os estudantes especiais seriam incluídos caso as escolas especializadas deixem de receber o financiamento. "Essas crianças precisam de atendimento diferenciado, e não sabemos se a rede regular de ensino terá condições de oferecer esse suporte", apontaram representantes da mobilização.
Desde a semana passada, atos semelhantes estão sendo realizados em várias cidades do país.
Redação Catve.com
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