Os representantes da Associação Pró-queimados do Oeste do Paraná ainda acreditam que a ala construída no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) para esse fim será, em algum momento, utilizada conforme o projeto original.
Seu Valmor Lemainski, fundador da associação em 2002, explica que as reuniões em prol da construção de uma ala especial no HUOP para atendimento a pacientes queimados começaram ainda em 1997, diante da necessidade existente na região.
Foram anos de encontros, promessas, conversas e reivindicações até que, em 2014, o projeto saiu do papel e a construção da ala foi iniciada. A obra levou aproximadamente cinco anos para ser concluída. No entanto, em 2020, com a chegada da pandemia de Covid-19, o espaço foi destinado ao atendimento de pacientes acometidos pela doença.
Por meio de nota, representantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informaram que, "após a pandemia, a Comissão Intergestores Regional (CIR) deliberou que o espaço originalmente previsto para atendimento a queimados no Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) fosse destinado à realização de cirurgias eletivas.
A decisão levou em conta a necessidade de reduzir a fila de procedimentos cirúrgicos na região, garantindo assistência ágil à população. Desde a metade do ano passado, essa readequação tem permitido a realização de uma média de 400 cirurgias eletivas por mês, beneficiando com grande êxito os pacientes de Cascavel e municípios vizinhos.
Essa medida também levou em consideração que os atuais leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) têm suprimido a demanda de queimados no Paraná, sem prejuízo à assistência. Em casos de necessidade de transferência, os pacientes continuam recebendo atendimento especializado, assegurando que nenhum cidadão fique desassistido.
O Estado mantém uma rede estruturada de saúde com profissionais e equipamentos adequados para atender a diversas patologias, incluindo o tratamento de pacientes queimados, garantindo assistência de qualidade em todas as regiões do Paraná."
Sobre o processo de licitação, o HUOP informou, também por nota, que "o certame licitatório para contratação de empresa responsável pela realização de cirurgias eletivas segue em andamento.
O processo licitatório é conduzido por uma comissão interna do HUOP, que avalia de forma criteriosa todos os documentos e requisitos técnicos, garantindo a segurança jurídica e a exequibilidade financeira para a continuidade dos serviços contratados.
No momento, o certame segue e só será realizada a divulgação oficial, após a confirmação de que a empresa vencedora realmente cumpra com o que é necessário para atender a demanda regional."
Em relação à ala de queimados, o hospital informou que "o espaço onde anteriormente estava prevista a implantação de uma ala de queimados foi destinado, em 2020, ao atendimento de pacientes com COVID-19, tornando a instituição referência regional no enfrentamento à doença.
Após o período pandêmico, e em comum acordo com o Governo do Estado do Paraná, foi realizada uma análise sobre a viabilidade da criação da ala de queimados e a média anual é de dois pacientes com queimaduras graves na macrorregião Oeste.
Diante desse cenário, a decisão conjunta foi pela implantação do Centro de Cirurgias Eletivas, espaço que, em apenas um ano de funcionamento, já realizou mais de 4 mil procedimentos cirúrgicos, atendendo exclusivamente pacientes da macrorregião.
O HUOP reforça o compromisso de seguir atuando com responsabilidade e planejamento, priorizando atendimento eficaz para o maior número de pessoas.
Vale ressaltar que o HUOP é referência no Paraná em emergência, inclusive com residência na área, o que o torna preparado para atender, manter estável e seguro cada paciente, para aí sim na sequência ser realizada a análise se necessária transferência."
Confira mais detalhes no vídeo:
Reportagem de Caio Vasques | EPC - ESPORTE, POLÍTICA E CIDADANIA
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