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Pais questionam permanência de médica envolvida em parto que terminou com morte de bebê no HU

Decisão judicial determinou volta da profissional; advogado da família aponta erros no atendimento


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JC

O principal questionamento dos pais do bebê é em relação à continuação do trabalho da médica. A profissional já havia sido afastada do HU, porém, uma decisão judicial fez com que voltasse ao trabalho. 

O advogado da família, Alisson Silveira, falou sobre o caso e debateu sobre a permanência da mulher. "O próprio HU já tinha afastado essa profissional. Por que ela retorna, então? Por conta de uma decisão precária", disse. O advogado fala ainda sobre residentes terem denunciado a mulher. 

Por meio de nota, o hospital disse que, por conta de uma liminar da profissional, as manifestações serão somente junto aos autos judiciais. Se for o caso, responderão aos questionamentos do Ministério Público. 

Além disso, o advogado falou com mais detalhes sobre os supostos problemas com o hospital.  "Os erros começam, inclusive, com as semanas que o HU identificou do menino, porque o HU registra em todo o seu prontuário (…) que o bebê tinha 38 semanas, quando, na verdade, desde o acompanhamento do postinho Guarujá, a criança chegava ali com 41 semanas. Ou seja, na data do nascimento, me parece que houve um erro do próprio hospital identificar, inclusive, o básico", completou. 

O caso 

Um bebê saudável e com 41 semanas de gestação. Cleicimar da Silva Marques, de 38 anos, procurou atendimento na maternidade do HUOP (Hospital Universitário do Oeste do Paraná) na madrugada de domingo, dia 4 de maio, um dia antes da data prevista para o parto. Após mais de 10h de indução para o parto normal, sem sucesso, houve o pedido pela cesariana. O parto ocorreu somente às 23h40. O bebê precisou ser reanimado, foi intubado e levado para a UTI Neonatal. 

A instituição relatou que todos os protocolos comumente realizados em partos humanizados foram cumpridos. O bebê nasceu em parada, foi imediatamente reanimado pela equipe que conseguiu reverter o quadro e levado para a UTI Neonatal, reconhecida pelo trabalho de referência realizado, mas que a criança não resistiu e veio a óbito.

A certidão de óbito do bebê aponta como causa da morte asfixia neonatal grave ao nascer — condição que ocorre quando o recém-nascido não recebe oxigênio suficiente antes, durante ou logo após o parto.

O pai do bebê, Matheus de Bona, registrou boletim de ocorrência na delegacia e pretende representar contra a administração do hospital e a equipe médica.Veja mais sobre o caso; 

Confira os detalhes no vídeo acima:

Reportagem de Déborah Evangelista | JC

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