No fim de 2023, milhares de pessoas foram lesadas, entre elas pelo menos seis cascavelenses, por uma agente financeira que faz aplicações em criptomoedas.
Após operação da Polícia Federal fazer o bloqueio dos bens, a Justiça determinou que parte dos valores seja reservada para pagar investidor.
A decisão é da 17ª Vara Cível de Curitiba. Um dos mais de 15 mil investidores lesados pela empresa Sbaraini Capital, administradora de capitais, obteve liminar para que parte dos R$ 400 milhões bloqueados em novembro do ano passado pela Polícia Federal e MPF (Ministério Público Federal) na Operação Ouranós, sejam reservados para ressarcir os prejuízos.
A liminar determina a 1ª Vara Federal de Itajaí, onde tramita o inquérito policial, separe R$ 1.852.728,88 para devolver a este investidor.
De Cascavel, seis pessoas fizeram aplicações de criptomoedas por meio na Sbaraini. Mas, por enquanto, eles ainda não serão beneficiados nesta liminar. A decisão, entretanto, já sinaliza que a Justiça reconhece que há irregularidade.
A CATVE já mostrou um dos casos. Uma mulher, que mora em Cascavel repassou, desde 2020, R$ 210 mil à Sbaraini, em troca de repasses mensais de R$ 4 mil a R$ 6 mil. Em novembro, quando foi deflagrada a operação, os depósitos pararam.
A empresa obtém retorno aos clientes a partir da negociação com as chamadas "exchanges", uma espécie de corretora de criptomoedas. Com a movimentação para essas exchanges que pagam mais, é que a Sbaraini obtém o percentual de rentabilidade sobre as transferências.
Para o advogado que defende os investidores lesados, o bloqueio no valor de R$ 400 milhões não é suficiente para ressarcir todo o prejuízo. E, até agora, os clientes seguem sem uma posição da empresa.
Confira o material completo no vídeo:
Imagem: Catve
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