O cálculo do quociente eleitoral, que define quem é ou não eleito no Brasil o Poder Legislativo, é importante mas poucos entendem como ele funciona. O EPC buscou essa explicação com Paulo Hapner, que foi juiz eleitoral durante 30 anos. Para entender é preciso fazer a conta. O quociente é número de votos válidos, este ano é estimado em 6.285.200 no Paraná, pelo número de cadeiras disponíveis. Para deputado federal são 30 vagas e para estadual 54. Logo, o mínimo de votos estimados que cada partido ou coligação deve fazer para eleger um deputado federal é de 209.506 e para deputado estadual, 116.392. Isso não quer dizer que o candidato deve fazer isso sozinho, mas sim, o grupo a que ele faz parte. Depois disso vem a conta para saber quantos deputados cada grupo vai eleger. A conta é a divisão do total de votos obtidos pelo quociente eleitoral. Por exemplo, um partido ou coligação que obtiver mais de 1,6 milhão de votos, conseguirá eleger deputados estaduais. Já o grupo que fizer 390 mil votos, elegerá apenas um. Para deputado estadual, a regra é a mesma. A coligação que fizer 455 mil votos, terá esse número dividido pelo quociente e chegará ao resultado de três deputados eleitos. O grupo que fizer 190 mil votos, elegerá apenas um. Depois vem a segunda regra, que é a clausula de barreira. Uma norma criada em 2015 e válida pela primeira vez nestas eleições. Para que os candidatos de cada grupo político tenham direito a assumir o cargo, ele precisa fazer 10% do quociente eleitoral. Logo, os candidatos e deputado federal que fizeram menos de 20 mil votos não assumem. Para deputado estadual, o resultado estimado é de pouco mais de 11 mil votos. Hapner explica que é possível um candidato se eleger com 12 mil votos, por exemplo.

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