A morte de um menino de apenas 13 anos porque estava com apendicite motivou um discurso inflamado do presidente da Câmara, Gugu Bueno (PR), na sessão de hoje.
O adolescente morreu ontem à tarde depois de ter procurado duas vezes a UPA Brasília. "Não estamos no agreste, não estamos no Haiti. Uma cidade produtiva como esta permitir que um menino de 14 anos morra por falta de uma cirurgia de apendicite é inadmissível".
Segundo o vereador, os médicos trataram a dor, chegaram a aplicar morfina no adolescente, mas não trataram a causa. A primeira ida até a UPA foi na madrugada do dia 17 com muitas dores, foi medicado e voltou para casa.
No dia seguinte, as dores voltaram, a família procurou a UPA novamente. Foi, mais uma vez, tratada a dor e foi liberado.
"Desesperados, os pais levaram o menino no hospital dr Lima. Antes de ser atendido, o menino teve parada respiratória, foi para a UTI mas morreu na tarde de ontem", descreveu o vereador.
Segundo Gugu, foi feito contato para a transferência do adolescente pela manhã, às 13h saiu o leito no HUOP. Já era tarde demais. "Quando o Samu chegou para buscar, não houve condição de locomoção porque ele perderia a vida. Como de fato aconteceu".
O vereador afirmou que é necessário que os médicos expliquem porque o menino foi liberado mas também criticou o sistema.
"Hoje tem 40 pessoas na UPA e com pessoas ficando 15 dias sendo que o tempo máximo é de 48 horas. Temos que começar a colocar o dedo na ferida".
Gugu também defendeu a compra de leitos para resolver o problema.
"Não dá para esperar a construção do Hospital Municipal, não dá para esperar a boa vontade do HUOP ou da 10ª Regional, que já demonstrou toda sua incompetência. As pessoas não podem ficar na UPA esperando um leito hospitalar".
Com a palavra, a Secretaria de Saúde.
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