Policial

Líder de facção preso em MG comandava tráfico com o Comando Vermelho em SP, aponta investigação

Mesmo detido, homem usava celulares clandestinos para negociar cocaína e manter esquema interestadual


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Foto: Metrópoles

Uma investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) revelou que um líder faccional preso em Minas Gerais comandava um esquema de tráfico de drogas com ramificações em São Paulo. O relatório policial, obtido pelo site Metrópoles, detalha que o detento coordenava a compra de entorpecentes diretamente de integrantes do Comando Vermelho (CV).

Segundo as apurações, Olessandro Silva dos Santos, conhecido como "Gás", mesmo encarcerado na Penitenciária de Ponte Nova (MG), utilizava aparelhos celulares irregulares para gerenciar o esquema criminoso. Ele organizava negociações, definia valores e articulava a logística de distribuição da cocaína, contando com intermediários fora do presídio.

A investigação identificou Gesiel dos Santos Monteiro, sobrinho de "Gás", como um dos principais operadores externos. Com contatos em São Paulo, ele era responsável por fechar acordos com fornecedores paulistas e repassar a droga para outros integrantes do grupo. Mensagens interceptadas pela polícia mostram negociações em que o entorpecente era tratado como "exportação", com valores definidos por quilo.

Do lado paulista, o esquema contava com a participação de Lucas Henrique Rocha Pereira, apontado como parceiro de uma liderança do Comando Vermelho. Ele seria responsável por receber e efetuar pagamentos pelas cargas de drogas. Mesmo após ser preso em Minas Gerais, Lucas continuou envolvido nas atividades criminosas, conforme o inquérito.

As investigações também citam Leonardo Felipe Panono Scupin Calixto, conhecido como "Bode", apontado pelo Ministério Público de São Paulo como principal liderança do CV na região de Rio Claro (SP). Ele segue foragido e teria assumido o controle local da distribuição dos entorpecentes.

Para os investigadores, o caso evidencia a estrutura e a capacidade de adaptação das organizações criminosas, que mantêm o tráfico ativo mesmo com líderes presos. O uso de celulares clandestinos, comunicação codificada e uma cadeia de comando distribuída permitiu que o esquema operasse de forma integrada entre estados.

Antonio Mendonça/ Catve.com/ Metrópoles

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