Os empresários que atuam no ramo de compra e venda de sucatas em Cascavel destacaram a importância de seguir a legislação e comprar produtos com procedência.
Rodrigo dos Santos destaca que a empresa que ele atua tem 40 anos de história, seguindo as leis. Ele também comenta que esse tipo de ação não é novidade no ramo.
"Não é novidade que as empresas de sucata são visitadas por pessoas que cometem esse tipo de delito na intenção de fazer essa venda. E a gente se recusa a comprar esse material. A gente não participa disso. Não compra material que não tenha origem licita e com toda a certeza eu entendo que é muito importante esse tipo de trabalho que a empresa está fazendo"
José Cícero dos Santos, também é do ramo, além de atuar como conselheiro do Conseg. Ele ressalta que pode diversas vezes, pessoas tentaram vender materiais, mas que sem a origem eles não realizam a compra.
"O ideal é que todo o empresário seguisse o código civil e penal brasileiro de saber que receptação é crime e que não deve pegar material que não tenha origem idônea, mas nem todos seguem essa linha. A gente tem como princípio comprar só material que tenha origem licita, como nota fiscal, ou com declaração de procedência comprovada e com cadastro na empresa. Isso faz inibir bastante".
Com relação ao perfil de quem leva esses materiais e tenta a comercialização, José ressalta que são vários, desde a pessoa que chega a pé, de bicicleta, moto e carros menores, até aqueles que vão de caminhonete com timbres de empresas.
OPERAÇÃO CONCTIVIDADE
A Operação Conectividade é desencadeada em Cascavel, no Oeste do Paraná, e também em outras cidades do Paraná. Ela busca desarticular grupos criminosos envolvidos com receptação de fios de cobre.
Ao todo são 389 alvos em 29 municípios que mobilizam 1.556 policiais, além de representantes da Receita Estadual e das operadoras e empresas de telecomunicações.
Em Cascavel a reportagem acompanhou dois locais, um deles é próximo ao Autódromo Zilmar Beux e outro na região do Pioneiros Catarinenses.
Inicialmente as ações do Grupo de Trabalho eram voltadas diretamente ao combate ao furto dos cabos de telefonia. Nesta segunda etapa, as forças de segurança se voltam à repressão da receptação, que é encabeçada por empresas de reciclagem de materiais, prática que impulsiona a realização dos furtos e a retirada de cabos dos postes.
Evelyn Antonio | Catve.com
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