Imagem: Polícia Civil do Paraná
De acordo com o delegado Gabriel dos Santos Menezes, da 7ª Subdivisão Policial de Umuarama, desde o início das investigações sobre a morte de quatro homens em Icaraíma, a Polícia Civil do Paraná, com apoio da Força Nacional de Segurança Pública, realiza diligências na área rural ao redor do local do crime, incluindo os pontos onde o veículo e os corpos foram encontrados.
Durante as buscas, os policiais identificaram cinco bunkers de alvenaria e dezessete esconderijos simples, feitos com lonas e camuflados pela vegetação.
Segundo as apurações, os locais eram usados por organizações criminosas para armazenar cargas de contrabando e drogas. Os ilícitos chegariam principalmente pelos rios da região e, depois, seriam depositados nos esconderijos antes de serem transportados pelas estradas rurais.
A descoberta indica a possível atuação de grupos estruturados voltados ao tráfico e ao contrabando, especialmente de cigarros de origem paraguaia, na região de fronteira.
Todas as informações coletadas estão sendo analisadas pela Polícia Civil, que também ouve os proprietários das propriedades onde os esconderijos foram encontrados para avaliar responsabilidades.
A mata onde o veículo e os corpos foram localizados se estende por várias propriedades rurais. Bunkers e esconderijos estão distribuídos ao longo da região, sem concentração em um único ponto.
As investigações sobre os homicídios e a busca pelos suspeitos continuam em andamento. Por se tratarem de apurações complexas e ainda sob sigilo, detalhes adicionais não foram divulgados.
A DÍVIDA QUE MOTIVOU A COBRANÇA
De acordo com a investigação, Alencar, morador de Icaraíma, teria contratado três homens do interior de São Paulo para cobrar uma dívida referente à venda de uma propriedade comercializada em agosto de 2024. O acordo previa o pagamento em dez parcelas, mas nenhuma teria sido quitada.
A família devedora seria ligada a Antônio Buscariollo e Paulo Ricardo Costa Buscariollo, pai e filho. No início da investigação, ao serem ouvidos pela polícia, eles disseram que o negócio havia sido feito com um parente. Com o avanço das investigações, quando os policiais retornaram à propriedade rural onde moravam, ninguém foi encontrado. Segundo o delegado, "constatamos que a família inteira havia fugido".
Bruna Guzzo | Catve.com Polícia Civil
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