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Buscas em Icaraíma revelam projéteis em propriedade rural

Forças de segurança detalharam achados e próximos passos da investigação


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As buscas pelos quatro homens desaparecidos em Icaraíma seguem avançando. Robishley Hirnani de Oliveira, 53 anos, Rafael Juliano Marascalchi, 43, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves de Souza, 36, foram vistos pela última vez no dia 5 de agosto de 2025. Três deles são cobradores que vieram de São Paulo a pedido de Alencar, morador da cidade.

Equipes da Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental e Força Nacional atuam em conjunto, utilizando tecnologia avançada e cães farejadores. O trabalho é intenso e contínuo, com profissionais revezando-se nas buscas.

Neste domingo (14), novos pontos de interesse foram verificados, mas nenhum corpo foi localizado. Em uma propriedade rural, foram encontrados projéteis de arma de fogo, que estão sendo periciados pela Polícia Científica. Há indícios de que esses projéteis possam ter relação com marcas encontradas na Fiat Toro localizada recentemente em um bunker.

O veículo, enterrado e descoberto após um trabalho minucioso da Polícia Militar Ambiental, foi localizado depois que a equipe percorreu cerca de uma hora e quarenta e cinco minutos pela mata. "Percebemos algo estranho, então iniciamos a escavação. Foi quando o cabo pegou a pá e deu a primeira pazada, percebendo que havia algo incomum no local", relatou o Tenente Guilherme Schneider.

Ele explicou ainda que a carta anônima enviada ao pai de uma das vítimas só chegou ao conhecimento da Polícia Ambiental na sexta-feira, depois que a equipe já havia iniciado as buscas. "Eles desceram num ponto e, com base em buscas anteriores, conseguiram localizar o veículo. Não tínhamos essa informação da carta antes", afirmou Schneider. A retirada da Fiat Toro se estendeu até a madrugada de sábado (13), com participação da Polícia Científica, Polícia Civil, 25º Batalhão de Polícia Militar e Força Nacional.

O Tenente Marsal, do Corpo de Bombeiros, explicou que o trabalho com cães farejadores é dificultado pelo tempo decorrido e pelas condições da mata. "É como procurar uma agulha em um palheiro. Com o passar do tempo, o odor de corpos em decomposição perde intensidade e muda, o que pode comprometer a eficácia do faro", afirmou. Por conta do esforço físico nos últimos dias, os cães enviados de Curitiba não irão a campo nesta segunda-feira (15), mas as equipes permanecem de prontidão.

O delegado Thiago Andrade Inácio ressaltou que a investigação, iniciada em 6 de agosto, segue avançando com o apoio das forças de segurança e da sociedade, que tem colaborado com denúncias que ajudam a direcionar as buscas. "Trabalhamos com todas as possibilidades e nada é descartado. Enquanto não se comprovar o que realmente aconteceu, todas as informações são analisadas pelos órgãos de segurança pública", afirmou.

A polícia ainda não tem confirmação sobre a propriedade do sítio nem sobre a dinâmica do desaparecimento. As buscas continuam em ritmo intenso, com o objetivo de esclarecer o caso e localizar os quatro homens desaparecidos.

Foto dos cobradores:

Bruna Guzzo | Catve.com com Umuarama News

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