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Qual o envolvimento de empresário de Cascavel com grilagem de terras no PI?

Rovílio Mascarello é investigado, entre outros crimes, por desmatamento de mais de 1.400 hectares


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Foto: Catve.com

O empresário Rovílio Mascarello foi preso na manhã desta sexta-feira (23), em Cascavel, no Oeste do Paraná, durante uma operação da Polícia Civil que investiga um esquema de grilagem de terras no sul do estado do Piauí. Contra ele havia um mandado de prisão temporária expedido pela Vara de Conflitos Fundiários da Comarca de Bom Jesus (PI).

A ação faz parte do Pacto pela Ordem, iniciativa da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), que coordenou uma operação integrada envolvendo as Polícias Civis do Piauí, Paraná e Mato Grosso, a Polícia Militar do MT e a Superintendência de Operações Integradas (SOI).

Mascarello foi detido por investigadores da Polícia Civil e encaminhado ao sistema penitenciário (Depen). Além da prisão, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência do empresário em Cascavel.

Em nota, a defesa dele afirma que o processo corre em segredo de Justiça e que o empresário "não tem responsabilidade sobre os fatos", já que a área mencionada "não pertence mais a ele há muito tempo".

Na Mira: A Fazenda Mundo Novo 

De acordo com as investigações, o esquema de grilagem envolve a Fazenda Mundo Novo, localizada entre os municípios piauienses de Manoel Emídio e Alvorada do Gurguéia. Em uma ação anterior, dois tratoristas foram presos em flagrante ao desmatarem ilegalmente a área, supostamente a mando do gerente da fazenda.

O gerente também foi preso na última quarta-feira (21), em Rondonópolis (MT).

Uma auditoria do Instituto de Terras do Piauí (INTERPI) apontou que cerca de 1.432 hectares de terras públicas eram desmatados ilegalmente, dos quais 333 hectares pertencem à Mata Atlântica, considerada área de preservação permanente.

O Esquema Criminoso

Segundo o delegado Willame Moraes, os suspeitos usavam documentos falsificados e, possivelmente, contavam com a colaboração de servidores públicos corrompidos para regularizar as terras ilegalmente, revendendo-as com alto lucro.

Os investigados devem responder pelos crimes de organização criminosa, desmatamento ilegal, grilagem, destruição de floresta protegida e Mata Atlântica, além de outras infrações como ameaça, porte ilegal de armas e incêndio criminoso.

O Outro Lado

O advogado Augusto Bittencourt, representante de Rovílio Mascarello, acompanhou o cliente durante os procedimentos na delegacia. O defensor afirmou que o caso corre em segredo de Justiça.

Segundo ele, a área em questão "não pertence mais ao empresário há muito tempo", e Mascarello estaria sendo acusado de algo o que "não tem responsabilidade".


Por Samuel Rocha | Catve.com

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