O que diz parecer do perito contratado pela família do menino atropelado

Foi concluída a perícia do acidente que matou o menino Fernando Lorenzo, de 9 anos, em Cascavel. Todos os fatos que envolveram e causaram o atropelamento foram analisados e serão usados no processo.

O relatório possui 45 páginas. Entre elas, foram apresentadas simulações do momento do acidente de diferentes perspectivas e, também, a causa do atropelamento.

A análise concluiu que a velocidade do carro, conduzido pela motorista Márcia, estava em uma média de 27,28 km/h no momento em que furou a preferencial e bateu contra a moto.

Além disso, a perícia concluiu que "o principal fator para o acontecimento do sinistro se deu através da invasão de via preferencial [...] tendo sua dinâmica agravada pela inexistência de tentativa de parada do veículo após a colisão, trafegando sobre a calçada já em direção à rua Paraná". Assim, houve uma "não tentativa de parada por parte da condutora do carro".

De acordo com o advogado que defende a família de Fernando, Hélio Ideriha Júnior, se a condutora do carro tivesse freado antes, poderia ter evitado atropelamento e, consequentemente, a morte da criança. "O fato de, no momento da batida, ela não segurar o carro e decidir seguir possivelmente em atitude de fuga foi decisivo para o resultado morte", explica Hélio Ideriha.

Sendo assim, o advogado ainda informou que a defesa da família do menino espera que motorista responda por homicídio com dolo eventual - não tem a intenção de causar a morte da vítima, mas assume o risco ao realizar uma conduta perigosa.

A perícia também apontou a velocidade da motocicleta envolvida, que estava a 70,16 km/h no momento da batida. O veículo seguia pela rua Paraná, onde o limite de velocidade é de 60 km/h. Entretanto, ainda segundo o Hélio Ideriha, esse fator não é tão contundente para o resultado da situação.

A suspeita de a motorista estar fazendo uso de aparelho celular no momento do acidente não foi mencionada na perícia. 

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JC