Catve
Casos de ataques de animais continuam sendo registrados todos os dias. A revolta de familiares e vítimas aumenta com a impunidade relacionadas as ocorrências.
No início da noite da última quarta-feira (5), dois cachorros avançaram em uma criança de nove anos que caminhava com a mãe na rua Benedita Soares, no bairro Florais do Paraná, região Norte de Cascavel. O socorro foi acionado e realizou o atendimento, mas a vítima não precisou de encaminhamento.
Horas antes, em um condomínio no bairro Cancelli, uma mulher, de 53 anos, foi atacada e mordida no joelho por um cão de rua. Ela foi levada para a UPA Tancredo. O mesmo cão já havia mordido uma criança em um parquinho, em frente à associação de moradores do bairro.
Antecedendo essas situações, dois ataques de dois rottweilers no bairro Tropical: um senhor de 61 anos e um homem de 38 anos. Os cães ainda teriam tentado morder uma terceira pessoa. O dono foi encaminhado para delegacia, onde assinou um termo circunstanciado e foi liberado.
De acordo com a Polícia Militar, um caso envolvendo os rottweilers foi registrado em 2023, no bairro Cataratas. Segundo a família da vítima, são os mesmos cães envolvidos nesta situação do Tropical.
Na época, o homem, de 49 anos, voltava do trabalho. Os animais ficavam em um imóvel na rua Véu de Noiva, às margens da rodovia 467, quando escaparam por um buraco e atacaram a vítima.
Ele foi levado ao Hospital Universitário, passou por quatro cirurgias e vários procedimentos, perdeu o movimento de parte do braço e da mão esquerda e precisou deixar o emprego, onde trabalhava há 23 anos. Hoje, aos 51 anos, está aposentado por invalidez.
Naquele ano, um boletim de ocorrência foi registrado por omissão de cautela na Guarda de Animais e lesão corporal grave. O dono dos animais foi encaminhado à delegacia e liberado.
Casos graves que deixam marcas severas no corpo e na memória das vítimas.
Darcy Batistussi estava com 89 anos quando foi atacado. Ele andava pela rua Medicina, no bairro Universitário, em outubro do ano passado. Foram várias semanas de internamento e risco de amputação. Foi preciso retirar carne das coxas para enxertar no braço. Curativos e fisioterapias para recuperar os movimentos, custos hospitalares e despesas com medicamentos por conta da família.
Além disso, ficaram também os traumas: a caminhada diária não é mais realizada. O ferimento no braço está cicatrizado, mas as lembranças ainda são dolorosas.
O animal foi recolhido pela Secretaria de Meio Ambiente, ficou em observação por quase 15 dias e, depois, foi adotado. O dono dele na época do ataque não foi identificado até hoje.
Confira os detalhes no vídeo acima.
Reportagem Patrícia Cabral | CATVE
** Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a equipe Portal CATVE.com pelo WhatsApp (45) 99982-0352 ou entre em contato pelo (45) 3301-2642