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Você já ouviu falar de "Cidade Compassiva"? Elas são comunidades que incentivam o cuidado e apoiam pessoas que estão em momentos difíceis da vida, por motivos de doença, deficiência crônica, luto devido a perdas, e também atuam como uma rede de apoio para quem está próximo.
A Cidade Compassiva foi idealizada por Allan Kellehear no Reino Unido e agora a ideia é trazida para Cascavel, mobilizando setores e criando a cultura do cuidado, compaixão e apoio mútuo.
Eduarda Cecília Pinguello é médica da Equipe de Cuidados Paliativos do Hospital Universitário do Oeste do Paraná e Bruna Luiza de Wallau Krüger médica do PAID (Programa de Assistência Domiciliar). Elas comentam que neste sábado (16 de agosto) é realizado o primeiro encontro para a construção da Cascavel Compassiva, para a criação de uma rede de cuidado e fortalecimento.
Hoje foram recebidos, no auditório do prédio de ensino do HU, profissionais da saúde, pessoas da comunidade, líderes religiosos, além de pessoas interessadas na causa.
"Do cuidado e da atenção para as pessoas que enfrentam situações de doenças ameaçadoras à vida, que enfrentam situações de perda, de luto, processo de morte e também uma atenção, um olhar para quem cuida das pessoas nessas situações. [...] O acesso aos cuidados paliativos é um direito de todos e também responsabilidade de todos. Dessas atitudes compassivas, de agir com compaixão que é a nossa capacidade de ver o sofrimento do outro, nos sensibilizar e fazer algo a respeito", explicou a médica Eduarda.
"Para reforçar essa importância da acessibilidade dos cuidados paliativos, não só nível assistencial, nos grupos e serviços de saúde, mas também reforçar as potencialidades da comunidade. Os projetos que já são feitos há tantos anos em Cascavel, então a nossa ideia é fazer um mapeamento desses projetos, desses serviços de voluntariado que já atuam e também estender as nossas práticas voltadas para a educação em saúde: falar sobre o processo de fim de vida, falar sobre os cuidados paliativos, o que a gente consegue fazer", explicou a doutora Rafaela.
Rafaela Arneiro Golçalves Caron também é médica da Equipe de Cuidados Paliativos do HU e comenta que os serviços de cuidados paliativos foram reativados há pouco mais de um ano e tem recebido apoio das direções da unidade hospitalar, atendendo todos os pacientes adultos internados. Ela reforça que os cuidados são um direito.
"A nossa intenção é levar o cuidado paliativo a quem precisa, que tem sofrimento e que merece. O cuidado Paliativo é um direito de todos nós", afirmou Rafaela.
A equipe médica deixou um convite à população para acessar o instagram da Cascavel Compassiva para atualizações desse movimento que ajudará inúmeras vidas.
Cidades Compassivas
"São comunidades que incentivam publicamente, facilitam, apoiam e celebram o cuidado com o outro nos momentos mais difíceis da vida, especialmente aqueles relacionados a doenças graves ou limitantes à vida, deficiência crônica, envelhecimento fragilizado e demência, luto e perdas, e os desafios e encargos do cuidado de longa duração. Embora os governos locais se esforcem para manter e fortalecer serviços de qualidade para os mais frágeis e vulneráveis entre nós, essas pessoas não são as únicas a vivenciar fragilidade e vulnerabilidade. Crises pessoais sérias como adoecimento, morrer, morte e perda podem afetar qualquer um de nós, a qualquer momento, no curso normal da vida. Uma cidade compassiva é uma comunidade que reconhece e enfrenta essa realidade social de maneira clara e direta." - Parte da carta escrita por idealizadores das Comunidades e Cidades Compassivas.
Evelyn Antonio | Catve.com
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