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O maior conjunto de quedas d’água do planeta está diferente. As imponentes Cataratas do Iguaçu, com suas 275 quedas espalhadas entre o Brasil e a Argentina, exibem agora um cenário atípico: pedras à mostra nos paredões e um volume de água muito abaixo do normal. Ainda assim, quem visita o parque pela primeira vez se encanta com a grandiosidade da paisagem e a força da natureza, mesmo reduzida.
"É uma experiência muito emocionante estar em contato com a natureza, honestamente um dos lugares mais bonitos que visitei", afirma a turista da Bahia, Marciele Andrade.
Em janeiro de 2025, auge do período chuvoso, a força das águas impressionava: a vazão alcançava cerca de 2 milhões de litros por segundo, envolvendo os visitantes em neblina e estrondo. Agora, em pleno mês de maio, a situação é bem diferente. A vazão atual é de apenas 446 mil litros por segundo — menos de um terço da média considerada normal, que gira em torno de 1,5 milhão de litros por segundo.
A queda no volume das águas está diretamente relacionada à estiagem que atinge o estado do Paraná. Para que as quedas retomem seu esplendor, é preciso que volte a chover de forma consistente na região de Curitiba, onde nascem os principais afluentes do Rio Iguaçu. Sem chuvas na capital paranaense, o impacto se propaga por todo o curso do rio até a fronteira com a Argentina.
Outro fator que contribui para o cenário atual são as barragens ao longo do Rio Iguaçu, que continuam operando com comportas fechadas. A medida visa preservar os reservatórios em tempos de estiagem, mas reduz significativamente o fluxo de água que chega a Foz do Iguaçu.
Mesmo diante da seca, o Parque Nacional do Iguaçu continua sendo um dos destinos turísticos mais procurados do Brasil, e o fenômeno da baixa vazão também desperta a curiosidade de visitantes e pesquisadores, que acompanham de perto as transformações do rio e os efeitos das mudanças climáticas na região.
Como visitar as Cataratas do Iguaçu: guia prático para conhecer uma das 7 Maravilhas da Natureza
Visitar as Cataratas do Iguaçu é uma experiência inesquecível. Localizadas dentro do Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu (PR), as quedas estão entre os destinos turísticos mais visitados do Brasil e foram eleitas uma das 7 Maravilhas da Natureza.
Veja como planejar sua visita:
Onde ficam
O acesso principal é pelo Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, a cerca de 15 km do centro da cidade. O parque tem uma ótima estrutura para receber turistas, com transporte interno, trilhas, lanchonetes e lojas.
Ingressos
A compra é feita exclusivamente online, pelo site oficial. O valor varia conforme a nacionalidade do visitante. É recomendável comprar com antecedência, especialmente em feriados e alta temporada.
Como chegar
De carro ou táxi: fácil acesso pela BR-469 (Rodovia das Cataratas).
De ônibus: a linha 120 faz o trajeto entre o centro de Foz, o aeroporto e o parque.
Do aeroporto: o terminal está a apenas 3 km da entrada do parque.
O que fazer lá dentro
Trilha das Cataratas: caminho principal com 1,2 km e vista panorâmica das quedas. O passeio termina na passarela em frente à Garganta do Diabo, o ponto mais famoso.
Passeio de barco (Macuco Safari): leva os visitantes até a base das quedas, com direito a banho!
Trilha do Poço Preto, passeio de helicóptero, circuito de bike e mais.
Melhor horário e tempo de visita
O parque abre diariamente das 9h às 16h. Reserve pelo menos 4 horas para fazer a trilha principal com calma. Em dias de sol, o melhor horário para ver arco-íris nas quedas é pela manhã.
Quando ir
A visita é incrível o ano todo. No verão, a vazão costuma ser maior, mas também faz mais calor. No inverno, o clima é mais ameno, ideal para trilhas.
Dica extra
Leve capa de chuva ou vá preparado para se molhar nas passarelas. E não esqueça de levar água, protetor solar e repelente.
Reportagem de Renan Gouvêa | JC
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