Política

Ex-prefeito de Cascavel presta depoimento na CPI do abuso

Oitiva começou às 9h e não durou uma hora


Imagem de Capa

Catve

Nas oitivas da CPI que investiga casos de abuso em Cmeis de Cascavel, realizadas nesta sexta-feira (5), o ex-prefeito do município, gestor na época dos fatos, foi ouvido. O depoimento começou às 9h e não chegou a durar uma hora.

Leonaldo Paranhos foi a 35ª pessoa a ser ouvida na CPI. Em vários momentos ele se defendeu de alguns fatos ligados a negligência na gestão, entendeu que os trâmites burocráticos eram demorados e falou que daria até mais tempo para investigar o caso se fosse preciso.

O depoimento do ex-prefeito Leonaldo Paranhos durou aproximadamente 50 minutos e não foi tão esclarecedor como o esperado.

Durante o interrogatório, o ex-chefe do executivo disse que não tinha conhecimento detalhado da denúncia contra o servidor que foi condenado pela justiça há 30 anos de prisão e que só assinava os documentos que eram trazidos pelos secretários, os quais tinha total confiança.

Segundo o político, a única exigência que foi feita por ele nos processos administrativos era de que os relatórios precisavam ser conclusivos, culpando ou inocentando servidores com processos internos. Paranhos garantiu que não interferia nos trabalhos das comissões, que nem conhecia os membros. O caso do abuso, demorou mais de quatro anos para ser encerrado e, mesmo com toda essa demora, o ex-prefeito disse que daria mais tempo ainda se fosse necessário.

Para se defender sobre a demora na conclusão do processo administrativo, Paranhos comparou os trâmites da prefeitura com os dos poderes investigativo e judiciário.

Após a oitiva, o ex-prefeito conversou também com a imprensa e se irritou com alguns questionamentos. Confira os detalhes no vídeo;

Paranhos disse que está preocupado com o relatório final da CPI, sugerindo que o trabalho dos vereadores poderia inocentar o abusador, já exonerado e condenado.

Membro da comissão parlamentar de inquérito, o vereador Lauri Silva respondeu. "A opinião dele é de leigo [...]. Ele tem o direito de se manifestar, é o que impera em um Estado democrático de direito. Ele emite a opinião que ele quiser. Se ele emitir uma opinião que comprometa o nosso trabalho, nós tomaremos providências".

Relator do caso, o vereador Hudson Moreschi, que foi Secretário por muitos anos na gestão de Paranhos, voltou a dizer que a CPI é técnica e não política.

O presidente da CPI, Everton Guimarães, falou que, o que o ex-prefeito passou é que não sabia do que se tratava o caso e que ele não iria assinar ou deixar arquivar o processo. "Foi isso que, basicamente, se resumiu ao depoimento do ex-prefeito, que ou ele assinava ou ele arquivava. Basicamente, foi isso que nós ouvimos aqui hoje".

Ele ainda comentou que algumas falhas já foram identificadas.

"Eu acredito que, em 30 dias, nós teremos o relatório final, não descartamos ainda novas oitivas. Nós ainda vamos nos reunir mais uma vez, uma reunião interna, e não descartamos ainda novas oitivas", disse Everton.

O presidente da comissão foi questionado sobre a quantidade de casos que chegaram e respondeu: "Chegaram três casos. Mais três casos".

Confira os detalhes no vídeo acima.


Reportagem Deivid Souza | CATVE

PUBLICIDADE

** Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a equipe Portal CATVE.com pelo WhatsApp (45) 99982-0352 ou entre em contato pelo (45) 3301-2642

Mais lidas de Política
Últimas notícias de Política