Catve
A importância da doação de órgãos precisa ser reforçada a todo momento. No Brasil, apenas a família pode autorizar o gesto que salva vidas e, uma das principais barreiras, ainda é a recusa em permitir a doação.
Stefanni Hoffmann estava grávida, quase indo para o sexto mês, mas, de repente, tudo mudou. A bolsa se rompeu e, durante a internação, ela teve uma infecção que não foi controlada. A filha tão esperada, Catarina, infelizmente não sobreviveu.
Além de perder a bebê, a jovem ainda ficou 84 dias internada entre a vida e a morte, depois de um choque séptico. Por causa da infecção, foi necessária a retirada do útero e vários órgãos ficaram comprometidos. Ela perdeu a função renal e está numa fila, que ela nunca imaginou ter que encarar: a fila do transplante.
Stefanni é jovem, tem apenas 24 anos e, hoje, do outro lado da história, precisando de transplante de rim, entende a importância da doação.
Quando uma pessoa querida se vai, a decisão de doar não é fácil. Mas, uma palavra tão curta, pode salvar muitas vidas: basta o "sim".
No Hospital Universitário (HU), de janeiro a dezembro de 2024, foram registrados 99 órgãos efetivamente captados. Já no primeiro semestre de 2025, entre janeiro e junho, foram registrados 72 órgãos captados, o que sugere uma melhoria significativa no processo de captação.
Isso representa um crescimento de 84,6% no número de órgãos efetivamente captados em 2025, em comparação com o mesmo período de 2024.
Além do HU, o Hospital São Lucas também faz captações de órgãos em Cascavel. Só neste ano, dos sete protocolos, cinco aceitaram a doação. Muitas pessoas foram salvas e recuperaram a qualidade de vida.
Mesmo que em 2024 o Paraná tenha liderado o número de doações no Brasil, o estado ainda enfrenta desafios. Neste ano, até o mês de julho, foram registradas 723 notificações de possíveis doadores, captações que poderiam ter sido realizadas, mas, apenas 272 foram efetivadas. O principal obstáculo ainda é a recusa familiar.
Falar sobre a doação de órgãos é muito importante, porque, no Brasil, ela só acontece com a autorização da família do paciente.
No Paraná, 4.690 pessoas estão na lista de espera, são quase 5 mil vidas que podem ser salvas por esse ato tão nobre de generosidade e amor.
Confira os detalhes no vídeo acima.
Reportagem Déborah Evangelista | CATVE
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