Esporte

Campeões da Cascavel de Ouro têm caminhos distintos no mundo da velocidade

Rafael Decker e Marlon Bastos voltarão ano que vem para buscar o bi



Esse troféu poderia ter ido para tantos lugares, mas ficou em Cascavel. Rafael Decker e Marlon Bastos, os campeões da Cascavel de Ouro, têm uma relação com o mundo da velocidade e da adrenalina desde a origem deles, em cenários bem diferentes, mas têm. Marlon é do automobilismo, da família Caús, tão tradicional quanto a prova que ele venceu no último fim de semana.

Rafael vem de um mundo bem diferente: o do rali. Filho do saudoso Edegar Decker, precursor dos jipeiros, com sete anos já sabia andar de jipe e ajudava o pai em provas no autódromo.

O que é preciso para vencer uma Cascavel de Ouro? É quase unânime a resposta: velocidade e regularidade. Então, Rafa e Marlon foram uma mistura perfeita, e o resultado você já sabe. Debaixo de muita chuva, a experiência no rally foi muito importante para o Rafa.

A dupla versátil se formou para a Cascavel de Ouro de 2024, quando terminou em 7º lugar, e isso já foi suficiente para firmar a parceria pela segunda vez. Não houve preparação após a prova do ano passado, e eles voltaram a guiar juntos nos treinos livres da 39ª edição.

Apesar da parceria recente, os dois já haviam se esbarrado há muitos anos em um programa de televisão.

Vencer a Cascavel de Ouro em 2025, para Marlon Bastos, teve um sabor ainda mais especial. A última vez que alguém da família havia vencido a prova foi em 1985: Saúl Caús, com o Opala número 5. Dez edições antes de triunfar, lá na 29ª Cascavel de Ouro, ele havia sido segundo colocado, com Júnior Caús.

A família Caús formou sete pilotos para o automobilismo, inclusive Heverson e Juliano, irmãos de Marlon. Marlon tem muitos registros que contam sua história na pista, essa foi a sexta Cascavel de Ouro dele, mas antes de 2024 a última havia sido em 2019.

Foi olhando as histórias da família Caús, na oficina onde o carro dos vencedores foi preparado, que Rafael Decker sentiu ainda mais vontade de acelerar. O livro dele tem poucas páginas, mas logo no início há um capítulo de ouro: a Cascavel de Ouro foi apenas a quinta corrida dele no automobilismo, e também a primeira vitória da carreira, justamente na prova mais tradicional do Brasil.

As intervenções do safety car se encaixaram perfeitamente na estratégia da equipe.

João também é sobrinho de Saúl Caús. Com 17 anos, trabalhou como mecânico com o tio, que faleceu dois anos depois. Aprendeu bem com Saúl e, desde então, passou a preparar carros de corrida.

Ganhar a primeira Cascavel de Ouro sendo o mecânico do carro vencedor é uma conquista inesquecível.

O plano deu certo até mesmo na definição de quem faria a primeira metade e quem ficaria responsável por finalizar a prova.

Rafael gosta tanto que, nas primeiras voltas, passou pelo acidente mais forte da Cascavel de Ouro, com vários carros envolvidos. Essas imagens são inéditas e mostram como Rafael foi piloto de verdade ao escapar do incidente sem nenhum arranhão. A sintonia entre os dois fez toda a diferença.

E, só para deixar registrado, a parceria está renovada, e em 2026 eles vão tentar o bi da Cascavel de Ouro.


Deivid Souza / Hora do Esporte

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