Esporte

Catve teve acesso a áudios que o FC Cascavel utilizou para denúncia contra o Batel Guarapuava

Mesmo convicto de que o time de Guarapuava seria excluído o resultado do TJD-PR frustou o Aurinegro


Essa imagem do jogo entre Batel e Nacional evidencia um caso de racismo dentro de campo na Taça FPF. O caso foi denunciado ao TJD-PR, pela Procuradoria, e além do jogador, o clube também corria o risco de ser punido, inclusive com a exclusão do Batel do campeonato. O FC Cascavel entrou como parte interessada no assunto e o presidente do clube explica porque resolveu endossar a denúncia contra a equipe de Guarapuava. Segundo ele a diretoria do Batel tentou esconder o jogador Diego.

Após a repercussão do caso, o Batel emitiu um comunicado dizendo eu havia desligado o jogador imediatamente e que estava colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos. Isso foi no dia 5 de outubro. No dia 11 de outubro, ao saber da possível denúncia do clube, voltou a se manifestar contra o racismo, com o recado de "tolerância zero" ao preconceito e discriminação e que o Batel defende a bandeira do amor, diversidade, respeito e PAZ. No entanto a Catve teve acesso a alguns áudios que foram trocados pelo Presidente do Nacional, Aladim José Pereira e Luciano Rodrigues, técnico do Batel, conhecido como Lúcio. Em uma das mensagens, Aladim demonstra insatisfação com a postura do treinador de receber o jogador denunciado na casa dele.

Lúcio responde e diz que ninguém sabia da verdade no vestiário e depois afirma que não concorda com a atitude e que depois de ver as imagens o clube decidiu mandar o jogador embora.

Em outro áudio o treinador admite que o presidente do Batel pediu para levar Diego e outros jogadores para sua casa.

Também tivemos acesso a mensagens trocadas em um grupo de conversa entre jogadores. O jogador do Batel, que vamos preservar a identidade, escreve que teve que levar o parceiro (o volante Diego) na casa do Lúcio porque a polícia iria pegar ele aqui (local não citado). E segue dizendo que passavam os carros e ele ficava espiando. Todas essas provas estavam no processo, mas não convenceram os auditores do TJD-PR. O Presidente do Batel, Leonardo Mattos Leão, gravou um áudio dizendo que o clube nunca foi omisso e que fez até juízo de valor ao demitir o atleta.

O Batel é reincidente em caso de racismo. Em um jogo do time sub-20, contra o Coritiba, no ano de 2022, o jogador Pedrinho (Pedro Arthur Lopes de Jesus), à época de 19 anos, foi alvo de ofensa racial de Juan Pablo Silva Mendes, do Batel. Depois do julgamento o Batel e o atleta da base foram multados.


Deivid Souza / Hora do Esporte

PUBLICIDADE

** Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a equipe Portal CATVE.com pelo WhatsApp (45) 99982-0352 ou entre em contato pelo (45) 3301-2642


NOTÍCIAS RELACIONADAS

Mais lidas de Esporte
Últimas notícias de Esporte