Direção confirma que não há mais presos desaparecidos da PEC

Enquanto na PEC o trabalho é para contabilizar os prejuízos no Instituto Médico Legal a expectativa era para a identificação e liberação dos corpos dos presos que foram mortos durante a rebelião. Quatro foram identificados Juareci Gromowski, 40 anos que era de Capitão Leônidas Marques, Sérgio Humberto de Melo de 35 anos que era de Cafelândia, Cícero Gomes Nogueira de 37 anos que era de Campina da Lagoa e Gilson Bragança dos Santos de 36 anos que era de Toledo. Gilson é este, o preso que foi jogado de ponta cabeça do telhado da penitenciária a uma altura de 12 metros, ele cumpria pena há dois anos por pedofilia. Hoje (28) os familiares fizeram o reconhecimento. No IML resta agora apenas um corpo sem reconhecimento, o cadáver está completamente carbonizado o que dificulta a identificação. Para que isso aconteça é necessário também que o Depen finalize a contagem e oficialize números e nomes de presos que ficaram na PEC e também dos que foram transferidos. Ontem (27) um detento foi encontrado embaixo de uma cama na penitenciária, estava bastante debilitado. Em Francisco Beltrão para onde foram transferidos 101 presos havia um nome em repetição. Os números atualizados são estes: 1037 presos no momento da rebelião, 800 foram transferidos, 225 permanecem na PEC, cinco estão hospitalizados e cinco mortos. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso, até agora mais de 10 pessoas já foram ouvidos, entre elas, agentes e presos. Os reféns também vão prestar depoimento. Isso deve acontecer assim que a saúde física e emocional estiver reestabelecida, os dois agentes penitenciários que foram mantidos reféns estiveram hoje pela manhã no IML para passar por exame de corpo de delito. Amanhã a Polícia Civil vai se pronunciar oficialmente.

Jornal Catve 2ª edição