Presos cobravam falta de higiene e de espaço nas celas da PEC

Nas celas ficaram as marcas do fogo. Os pedaços das telhas acrílicas e de madeira, que serviam de cobertura ficaram espalhadas pelo chão. Assim ficaram os onze cubículos, como são chamados, agora interditados, após a rebelião que aconteceu na manhã de ontem (19). Os detentos incendiaram colchões utilizando os fios de luz que fica na parte superior das celas. O fogo durou cerca de 15 minutos e foi contido pelos agentes penitenciários antes da chegada do Corpo de Bombeiros. A manifestação envolveu cerca de cinquenta detentos, que fica no terceiro andar de uma das galerias da PEC. Esta área, chamada de galeria de triagem é reservada para os presos que chegam recentemente a penitenciária. Com o ato eles cobravam atendimentos de serviço social como psicólogos, visitas familiares e se queixavam da falta de produtos pessoais para higiene nas celas, além da falta de espaço nos locais. Com os onze cubículos interditados devido aos danos os detentos foram realocados. De acordo com o diretor, cada cela que possui menos vinte metros quadrados possui capacidade para seis presos. Após a rebelião, eles estão ocupando celas com as mesmas características. Segundo ele, nem antes e nem depois do acontecido, o número máximo de detentos foi ultrapassado. Nos últimos trinta dias foram transferidos para a unidade cerca cem detentos, que vieram de Marechal Cândido Rondon, Toledo e outras cadeias de Cascavel. Segundo ele, o clima agora na PEC é de tranquilidade e ele não teme novas rebeliões. Ainda ontem uns cinco presos identificados pelo motim foram levados à 15ª Subdivisão Policial para prestar depoimentos, mas de acordo com o delegado da Polícia Civil, eles se mantiveram em silêncio.

Redação Catve.com