Somente após DNA ossada será liberada para família de Maria Clara

Um dia após localizar a cova onde foi enterrada Maria Clara Zortea Ramalho de seis anos, a ossada continua no IML (Instituto Médico-Legal) de Cascavel. Apesar dos indícios e da confissão da mãe da menina será necessário esperar pelo resultado do exame de DNA. De acordo com o Juari de Carvalho, diretor do IML, exames preliminares não deixam dúvidas que os ossos são de uma criança, porém além do DNA será necessário um exame de antropologia para indicar a estatura e o sexo. A ossada foi encontrada na manhã de terça-feira (29) em uma área rural , às margens da BR 277, entre Cascavel e Santa Tereza do Oeste será encaminhada para Curitiba. Maria Clara era procurada por familiares desde fevereiro. Em março o pai da criança fez um boletim de ocorrência e procurou o Conselho Tutelar, porém o crime que envolveu a mãe da menina, Vanessa Aparecida Ramos do Nascimento e uma amiga, Giulia Albuquerque, só foi descoberto na segunda-feira (28). Não há previsão para divulgação do resultado do exame de DNA. "O exame de DNA já foi solicitado e costuma demorar dois meses", afirmou Jauri. Juari enfatizou que devido a comoção social e com o material coletado da mãe da menina existe a possibilidade do resultado ser revelado com mais agilidade. Somente depois a família poderá realizar o velório da menina. A ossada estava enterrada em um buraco com aproximadamente cinquenta centímetros profundidade. Por enquanto, a causa da morte ainda não está esclarecida, mas a suspeita é de espancamento. Com base nos depoimentos, a polícia descobriu que Maria Clara foi colocada no porta-malas de um carro na noite do dia 4 de março deste ano e no outro dia retirada morta. As acusadas alegaram que o procedimento fazia parte de um ritual de purificação, que a criança era possuída pelo demônio. Somente no dia 5 de março as duas enterraram o corpo na área rural.