Policial

Maria Clara foi morta há quase cinco meses, afirma polícia

Mãe e amiga estão presas por homicídio e ocultação de cadáver


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Maria Clara Zortea Ramalho, 6 anos, foi morta há quase cinco meses. A informação foi confirmada pela Polícia Civil durante coletiva de imprensa na manhã de hoje (29), depois de os restos mortais da menina terem sido encontrados enterrados em uma propriedade rural em Santa Tereza do Oeste. A mãe da criança Vanessa Aparecida Ramos do Nascimento e Giulia Albuquerque estão presas. Elas serão indiciadas por homicídio e ocultação de cadáver. De acordo com a polícia, as mulheres afirmaram que Maria Clara morreu durante um ato religioso de purificação. Na madrugada do dia 4 de março a menina foi trancada no porta malas de um veículo Escort, que pertencia a uma das suspeitas. Segundo as mulheres, o carro só foi aberto às 9h da manhã do dia seguinte, quando a menina já havia morrido. O corpo ainda ficou em uma residência por quase dois dias até que mãe e amiga decidissem escondê-lo. "Na quinta-feira (24) o pai nos procurou dizendo que não mantinha contato há um determinado tempo com a mulher e a filha, e trazida essa informação fomos a campo em diligências e conduzimos a mãe e a outra mulher, a Giulia a delegacia, e na sequência se deu o fato que já foi registrado. Que elas teriam matado por purificação religiosa a pequena Maria Clara", delegado Pedro Oliveira. Ainda durante a manhã Vanessa passou por exames no Instituto Médico Legal de Cascavel. Ao sair do local, negou que a menina tenha sido morta. Em depoimento, Vanessa e Giulia afirmaram que acreditavam que Maria Clara fosse ressuscitar. "Desde março do ano passado a acusada conheceu a Giulia em uma espécie de convenção religiosa e passou a residir com a Vanessa e mais duas crianças, e durante um ano tanto a Maria Clara de 5 anos e a outra de 1 ano vinham sofrendo agressões físicas e ficavam encarceradas na residência, com autorização apenas para sair e ir a igreja. E em março deste ano em desses rituais a criança morreu, e permaneceu por mais dois dias na residência. Elas acreditavam que poderia haver uma espécie de ressuscitação da criança, e viram que isso não iria acontecer e resolveram dar fim no corpo", delegado Edgar Santana. A polícia apreendeu o veículo, que vai passar por perícia. A investigação deve apurar se Maria Clara realmente morreu por asfixia. "São coisas que não estão esclarecidas pois são muito recentes, e tem coisas que precisam ainda ser verificadas e vermos resultados de exames". "Já verificamos que o veículo tem espaço muito aberto para que ela tenha morrido por asfixia".

Redação catve.com

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