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"Ele meteu fogo para chamar atenção de autoridades", diz detento da PEC

Por duas situações, no dia 6 de setembro e 23 de novembro, detentos haviam incendiado colchões na PEC


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Isaqueu da Rosa, detento da PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel), foi ouvido em audiência Fórum de Cascavel no dia 1º de novembro. Com exclusividade, a equipe do Portal Catve.com teve acesso à gravação da audiência onde o detento já relatava princípios de rebelião para alertar autoridades. O rapaz que está preso há dois anos e oito meses responde pelos crimes de assalto em Toledo e foi condenado em dois processos. Ele foi encaminhado à audiência pela situação registrada no dia 06 de setembro deste ano na PEC quando colchões foram incendiados. O detento afirma que sem motivos foi levado ao isolamento com outros três presos e que Éder ateou fogo no local, ao descobrir que a direção estaria facilitando a morte deles. "A gente estava na terceira galeria do primeiro bloco. Ai fomos isolados sem nenhum motivo e nos levaram para a nona no isolamento: Eu, Éder Tiago, e Willian no mesmo cubículo no 902. No outro dia acharam um papel dizendo que o chefe de segurança tava facilitando nossa morte na cadeia", diz ele. Segundo Isaqueu, Éder ficou desesperado com a situação e ateou fogo em colchões. "Ele meteu fogo no barato para chamar a atenção das autoridades para nós ir para a 15ª e registrar BO para vir na audiência passar nossa situação", relata. Nos dias 15, 16 e 17 do mês de setembro, ele afirma que sofreram diversas agressões na PEC por parte do chefe de segurança e da direção. No dia 23 Éder ateou fogo em um colchão para chamar atenção das autoridades novamente. "Nós ficamos tudo no corredor, e os cara da SOE começaram a nos espancar". Ele pediu a transferência para outras delegacias e afirmou que teriam hematomas por conta de agressões. A juíza da 4ª Vara Criminal, Filomar Helena Pedrosa Carezia, conduziu a audiência no dia 1º de novembro e afirmou que no mesmo dia, ofício com cópia de todos os depoimentos dos presos foi encaminhado ao juiz competente da Vara de Execuções Penais para que ele adotasse providências. Isaqueu da Rosa afirma que já fez parte do PCC há muito tempo, mas que pediu exclusão para que abandonasse o crime. "Eles não aceitaram e me decretaram à morte", diz ele.

Redação Catve.com

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